Em conferência de imprensa, o Secretário-geral avançou, esta manhã, que o seu partido já tem os seus representantes para as Comissões Paritárias criadas e que o Conselho Nacional irá analisar e pronunciar-se sobre questões da actualidade política nacional, com destaque para a actual governação do MpD.
Julião Varela anunciou que o PAICV está a terminar o processo de renovação dos órgãos a nível de estruturas intermédias e de base para reforçar a organização interna e acção política, enquanto uma das orientações do XV Congresso.
Segundo a Inforpress, considerou, por outro lado, que Cabo Verde está a passar por “sinais preocupantes” quanto à sua situação política nacional, alegando que a o exercício da oposição está a ser “dificultada pela inviabilização de uma CPI de constituição obrigatória pelo Parlamento”, agravado com as recentes manifestações em São Vicente e São Nicolau e insegurança na Boa Vista e São Vicente.
O dirigente tambarina acusa o Governo de andar “ainda em campanha a fazer diagnósticos”, com o País a registar o “aumento do desemprego, aumento da dívida pública e diminuição de investimentos, de bolsas de estudos e no apoio ao pagamento de propinas”, quando, atesta, “proliferam despedimentos colectivos e aumento de desigualdades sociais”.
Conflitos e disciplina interna
Julião Varela reconhece que o PAICV “passa por algumas perturbações internas”, sublinhando que estas situações vão ser analisadas em busca de uma correcção neste CN por órgãos próprios na área de jurisdição, e que “seguramente haverá orientações concretas no sentido de se ultrapassar estes problemas”.
Isto por entender que “decisões e ataques individuais prejudicam qualquer organização” e que o PAICV entende o apelo pela união manifestado esta quinta-feira pelo ex-primeiro-ministro, José Maria Neves, como sendo útil uma vez que, os interesses do partido devem prevalecer em detrimento de problemas individuais”.
Ainda segundo a Inforpress, Julião Varela considera que estas quezilas não vão enfraquecer o PAICV enquanto oposição democrática, mas admite que internamente estas questões terão de passar por processos disciplinares nestes órgãos para, de uma vez, resolver todas estas questões. C/Inforpress