Este apelo foi feito pelo membro da CPR, António Martins, no final de uma visita de dois dias ao município de Santa Catarina de Santiago (Assomada), avançando que a esta altura a população clama pelas chuvas que não caíram desde meados de Setembro o que eliminou a esperança de ter um bom ano agrícola, fazendo com que a situação difícil permanecesse nos sectores da agricultura, pecuária, entre outros.
Segundo o porta-voz, é preciso criar condições para mobilizar mais água, mas também criar condições para a introdução de raças melhoradas tanto na pecuária como na agricultura.
Sem ser destes sectores, pede mais intervenções no sector da pesca, acusando o Governo de ter abandonado o mesmo, e de “abandonar todos os sectores mobilizadores de economia” para a região Norte.
Sobre o município de Santa Catarina, este político debruçou-se mais sobre a gestão da equipa camarária acusando-a de fazer uma “má gestão” e de “não ter capacidade” de alavancar a economia do município.
“Santa Catarina tem todas as potencialidades para o desenvolvimento, estando em falta uma equipa competente e comprometida com o desenvolvimento do concelho para poder alavancar a economia do município”, acusou António Martins, reforçando que a câmara se encontra “sem rumo e sem direcção”.
“A equipa camarária não está em condições de mobilizar parcerias nem com o Governo que é do mesmo partido (MpD) para a realização de obras estruturantes, mas também não consegue negociar empréstimos e nem mobilizar outros recursos para tal”, afirmou.
Neste quesito, realçou que o município de Santa Catarina de Santiago “encontra-se a quilómetros de distância dos outros municípios da região, mesmo em termos de visão e estratégias para o desenvolvimento”.
A mesma fonte indicou a necessidade de se ter obras e infraestruturas para o município, realçando que mesmo as que a equipa camarária herdou não têm tido uma devida dinamização e estão em má estado de conservação, nomeadamente o pelourinho, cinema, estádio de Cumbém, polidesportivo de Nhagar, entre outros.
Não obstante a estas infraestruturas, António Martins acusou a equipa de colocar muitas obras nos planos de actividades e orçamentos, mas que não consegue executar devido à “fraca capacidade de mobilização de recursos, quer através de cobranças de impostos e de parcerias e mesmo de negociação para empréstimos”.
E sem ser da câmara municipal, apontou dedo ao Governo em relação a algumas obras estagnadas no município, dentre eles as obras da orla marítima em Rincão.
Intervenções para a melhoria de condições a nível de saneamento, para controlar a população canina que anda a deambular pelas ruas, para a melhoria de condições no quartel dos Bombeiros e mesmo para a aquisição de equipamentos, são outros pontos elencados pela CPR do PAICV que necessitam de uma atenção “urgente”.
Igualmente, de uma forma mais específica, a CPR do PAICV considerou que os sectores dos pelouros da Cultura, Juventude e Desporto não estão a ser dinamizados, exemplificando com o Centro de Juventude que se encontra de portas fechadas, acusando estes pelouros de trabalharem somente nas épocas das festas de romaria.
Para finalizar, evidenciou que “aproximando-se do final do mandato esta equipa não se encontra à altura para dar resposta aos desafios do concelho”.
A Semana com Inforpress