Caro JCF
De igual modo, permita-me, também, em resposta a tão eloquente comunicação, expressar minha profunda gratidão pela cortesia com que suas palavras foram proferidas. É com admirável respeito que recebo sua perspicaz observação sobre a autoconfiança que permeia o discurso em questão. De fato, é uma habilidade rara e valiosa enaltecer a própria opinião como um farol de sabedoria, iluminando os recantos do conhecimento para os desventurados que ainda vagam na escuridão da ignorância.
Sua apreciação pela maravilha dos tempos modernos, onde a tecnologia permite a criação e a expressão de ideias com a simplicidade de um clique, é igualmente digna de nota. E, como você tão apropriadamente ressalta, é uma tolice insinuar que tal facilidade possa ser subjugada pela sombra da preguiça intelectual. Pois, de fato, a capacidade de utilizar tais ferramentas requer um brilhantismo intelectual singular.
Quanto à análise da influência portuguesa em Cabo Verde, é com genuíno entusiasmo que aplaudo o esforço em trazer à luz um tema muitas vezes negligenciado. De forma alguma se trata de um mero detalhe na rica tapeçaria da história cabo-verdiana, mas sim do fio condutor que moldou a nossa nobre nação, como habilmente observado.
E que destemida proposta é essa de uma \"reinvenção completa de Cabo Verde\"? É, como bem argumenta, uma tarefa de extrema complexidade, frequentemente subestimada por aqueles que alvitrariam mudanças profundas sem considerar as intricadas nuances e desafios que tal empreendimento implicaria. Parece-me, contudo, que tal reflexão se revela necessária para evitar a insensatez de traçar o destino de uma nação com a superficialidade de um rabisco de tinta.
Sua defesa fervorosa da colaboração e da pesquisa meticulosa é, sem dúvida, um testemunho de seu compromisso com o rigor intelectual e a profundidade de entendimento. É um presságio da verdadeira erudição reconhecer que a consulta de especialistas e a pesquisa cuidadosa são indicativos não de fraqueza, mas de um desejo ardente de alcançar uma compreensão completa e precisa.
Em última análise, caro JCF, suas palavras ressoam como um lamento pela oportunidade perdida de um verdadeiro debate sobre as questões que afligem Cabo Verde. A falta de consideração pelas nuances e complexidades obscurece, de fato, o potencial de enriquecer nossa compreensão da história e cultura dessa nação amada. Que lamento, de fato, que tal oportunidade tenha sido desperdiçada em detrimento de uma retórica extraviada no labirinto da própria convicção. D.D

Caro autor,

Permita-me, antes de mais, expressar o meu espanto perante tamanha autoconfiança em afirmar que todos os ângulos do seu discurso são meros desvarios. Como se a sua opinião fosse um farol de sabedoria, guiando-nos por entre os recantos do conhecimento.

É verdadeiramente admirável a sua capacidade de enaltecer a utilização de ferramentas tecnológicas como um ato de brilhantismo intelectual. Ah, a maravilha dos tempos modernos, onde um clique é suficiente para criar e dar forma a ideias! E que disparate seria insinuar que tal facilidade possa, porventura, sucumbir à sombra da preguiça intelectual!

Quanto à sua análise da influência portuguesa em Cabo Verde, permita-me aplaudir o seu empenho em explorar um tema tão pouco abordado. Como se o colonialismo fosse um mero detalhe na rica tapeçaria da história cabo-verdiana, e não o fio condutor que moldou a nação.

E que dizer da sua audaciosa proposta duma \"reinvenção completa de Cabo Verde\"? Ah, como é simples alvitrar mudanças profundas, sem considerar as complexidades e desafios que tal empreendimento acarretaria. Como se o destino duma nação pudesse ser traçado com um simples rabisco de tinta.

Devo elogiar a sua defesa da colaboração e do uso de fontes diversas na escrita. Como se a consulta de especialistas e a pesquisa minuciosa fossem apenas um sinal de fraqueza intelectual, e não uma demonstração de rigor e profundidade.

Caro autor, a sua retórica parece ter-se extraviado no labirinto da sua própria convicção. Que pena que a falta de consideração pelas nuances e complexidades tenha obscurecido o potencial dum verdadeiro debate sobre as questões que afligem Cabo Verde. Que desperdício de oportunidade para enriquecer a compreensão da história e cultura dessa tão amada nação!

Cada país tem os opinadores e comentadores que merece.

CARISSIMO DOUTOR ,Primeiramente, é crucial reconhecer a profundidade de sua análise e apreciar o seu engajamento com o meu discurso. Tentei, com mestria e perspicácia, de fato, lançar luz sobre questões de inegável relevância relacionadas ao desafio da autenticidade e originalidade nos círculos intelectuais cabo-verdianos, colocando em foco a influência persistente de Portugal e dos mestres lusitanos sobre a produção cultural e intelectual do nosso país insular.
Contudo, é meritório que você tenha expressado algumas reservas em relação à minha abordagem. Suas ponderações trazem à tona pontos cruciais que merecem atenção de todos.
Em primeiro lugar, é válido destacar que a presença lusa na história de Cabo Verde é de fato um componente inegável do legado do país. Negar ou menosprezar essa influência seria negar uma parte significativa da própria identidade e história de Cabo Verde. Portanto, é imperativo encontrar maneiras hábeis de integrar e reinterpretar esse legado de forma a refletir a singularidade da nação no contexto pós-colonial.
Além disso, como você observou com discernimento, a imitação em si não é necessariamente prejudicial. De fato, a imitação é um método comum de aprendizado e evolução em muitos aspetos da vida humana. O problema surge quando essa imitação se torna uma norma inflexível, sufocando a criação autêntica e a emergência de vozes genuínas. Portanto, o equilíbrio entre instrução e inovação é fundamental.
É importante também reconhecer que a construção de uma identidade pós-colonial é uma jornada complexa e demorada. A independência de Cabo Verde é um marco, mas a transição para uma identidade cultural e intelectual própria requer tempo, reflexão profunda e paciência.
No entanto, o apelo à reinvenção de Cabo Verde como uma entidade cultural e intelectual distinta e independente é uma chamada de grande relevância. Isso requer um esforço coletivo que envolve não apenas os intelectuais, mas toda a sociedade, incluindo a diáspora cabo-verdiana. É uma tarefa desafiadora, mas é uma busca que pode enriquecer a nação e sua contribuição para o mundo.
Em resumo, sua análise adiciona profundidade à discussão sobre a identidade pós-colonial de Cabo Verde e a busca pela independência cultural e intelectual. É um convite à reflexão e ao engajamento ativo na reformulação da produção intelectual e artística, bem como das políticas públicas, em prol de um Cabo Verde autenticamente distinto e independente. Essas são considerações cruciais que merecem atenção contínua e ação coletiva.D.D.

Caro JCF,
O Senhor(a) esta’ equivocado em todos os ângulos: Quanto ao primeiro ponto: “a ideia de que usar tecnologia ou fontes externas para ajudar na criação de conteúdo é, de alguma forma, um ato de preguiça intelectual. “Pelo contrário, a capacidade de aproveitar recursos tecnológicos e informações disponíveis é uma manifestação da inteligência e da adaptabilidade humanas. Não há nenhuma razão para desconsiderar a contribuição de ferramentas de pesquisa ou assistentes digitais na criação de conteúdo, desde que esses recursos sejam usados de maneira ética e produtiva.
Criticar-me por explorar a influência portuguesa em Cabo Verde é infundada. Eu estou, na verdade, tentando analisar um especto importante da história e da cultura de Cabo Verde. A influência colonial é uma realidade que afetou muitos países e é vital discuti-la para entender o contexto atual. Ignorar essa influência seria negligenciar a própria história da nação.
Além disso, a minha sugestão de \"reinvenção completa de Cabo Verde\" não é simplista, mas sim um chamado para a reflexão sobre o futuro do país. Muitas nações ao longo da história passaram por processos de transformação cultural e política, e tais mudanças geralmente demandam esforço e tempo substanciais. No entanto, é através da análise crítica e da discussão de ideias como essa que as sociedades podem avançar e se desenvolver.
Por fim, a crítica de que me pareci terceirizado na minha capacidade de pensamento é injusta e desrespeitosa. A escrita é um processo colaborativo, e autores frequentemente pesquisam, consultam especialistas e incorporam diversas fontes em seus trabalhos. Isso não diminui a autenticidade dos autores, mas sim enriquece o conteúdo produzido.
Em resumo, este comentário seu parece ter-se baseado em equívocos e preconceitos infundados. A análise superficial e a falta de consideração pelas complexidades dos temas abordados prejudicam o debate genuíno sobre questões importantes, como a história e a cultura de Cabo Verde.

Senhor. As ilhas estavam desertas quando foram achadas. Durante anos apenas passavam pelas Ilhas os portugueses. Depois veio o comércio de escravos. Depois moldou se um povo criolo, com uma culturas própria e daí a diferenciação dos portugueses, que ainda se mantém. Mesmo antes da independência a singularidade da cultura cabo verdiana era aceite em Portugal. O povo não imita e não tem complexos de superioridade ou de inferioridade. Como jovem , não sabe que Cabo Verde durante décadas teve no topo da sua administração apenas cabo verdianos. Nas vésperas das negociações para a independência até o Governador era cabo verdiano. Que interpretação da a isso, caro autor do artigo de opinião?

Nova versso. Documento traduzido de .......

Moldar a influência portuguesa?? Como? com leis, politicas, ou decretos? a identidade de um povo é um conjunto de elementos e características que vai se moldando naturalmente, não existe moldar identidades!!! Todas as nacionalidades que passaram por CV deixaram influências e marcas na cultura CV, na musica, na culinária, na língua, na arquitectura, na formação de família etc etc O povo CV onde estiver tem elementos e características que o distingue de qq outro povo, portanto tem a sua identidade. Nada de fanatismos e extremismos Senhor Poeta.

Parece que o pior complexo é aquele que você sente, o de inferioridade em relação aos dos sobrados. O seu problema não é só complexos de inferioridade é tb não perceber nada. Os que mais odiavam os donos dos sobrado, depois da independência fizeram de tudo para ter e ser o que os do sobrado tinham e eram, pena que conseguiram TER tudo mas ate hoje não conseguiram SER. Assumir africa não é só dizer e comentar asneiras.

Justiceiro abre os olhos e vem em que altura do campeonato andamos.
Cada tempo dentro do seu contexto.
A verdade está que todos que teriam levado um palmatoadas aprenderam e ensinaram a nivel superior do que este nosso novo metodo de ensino.
Claro há excepções mas são poucas.
.

O nome é txáfollbré di rrubera rriba.

A identidade do cabo-verdiano é o que nós sentimos, é o que nós manifestamos e expressamos todos os dias e é um processo que continua e vai moldando ao longo do tempo e é impossível não ter a base do povo que nos colonizou. A identidade de um povo ou de uma pessoas não é imposta por nenhuma revolução, nem por decretos. O CVerdiano sempre teve a sua identidade e sempre expressou a sua identidade apesar do colonialismo, a independência veio permitir o cabo-verdiano expressar livremente a sua identidade. Os quadros e intelectuais cabo-verdianos não tem que inventar as rodas que ja estão todas inventadas. Em relaçao á produção artística deve estar muito mal informado, a Morna é apenas um exemplo da nossa identidade que resistiu ao colonialismo. Hj temos produção artística que expressa toda a nossa identidade cabo-verdiana.

Escritor e poeta? O gentleman não tem nome?

Plenamente, de acordo com o articulista. Muitos são as pessoas que acabaram por ficar, muito, traumatizadas por causa das muitas varadas e palmatoriadas que levaram durante o período em que frequentaram a instrução primária, pelo simples facto de não terem colocado as letras c e p antes do ç e que, agora, já não se usa. E já, agora, não vai haver nenhum tipo de pedido de desculpas e/ou mesmo uma indemnização pelos danos físicos e morais causados a essas pessoas?

Esse complexo está profundamente nos «sobradistas» da ilha do Fogo, conjugando novos e velhos luso-tropicalistas e adjacentistas, sendo que a cabeça de cartaz é Ondina Ferreira, e outro reprodutor sistemático o jornal Expresso das ilhas e o seu director com aqueles editoriais bizarros, que ele supõe grandes textos de teoria política. O que eles são é «complexados da nossa identidade afro-crioula e atlântica, ou simplesmente antenas de um neo-colonialismo, que tem por evidência mais forte o supremacismo linguístico.

Sr. -Poeta e Escritor:
Convença-se que tudo o que era para inventar já está inventado.
Temos é que adaptar tudo à nossa pobre realidade.
Devemos é refletir sobre essa massificação do ensino superior que vem dando cabo deste país.
Para exportar? O que vão fazer lá fora.?
Pense nisso:
Não se encontra um bom carpinteiro, nem marceneiro, nem electricista, nem canalisador., profissões que ganham muito mais que um tecnico chamado de superior.
Há tec. superiores bem formados, mas são poucos e estão todos colocados.
REFLITAM-SE SOBRE ISSO .

Ah, que brilhante observação! Este autor parece ter alcançado um nível de originalidade digno duma ostra. Afinal, por que se dar ao trabalho de ter ideias próprias quando se pode simplesmente abusar e deixar a máquina fazer todo o trabalho intelectual? Certamente, é um ato de pura preguiça intelectual e uma demonstração de profundo respeito por aqueles que dedicam suas vidas a criar conteúdo genuinamente original.

Mas, permitam-me, caros leitores, acompanhar este autor na sua jornada rumo à profundidade intelectual. Vamos explorar as suas considerações sobre a influência portuguesa em Cabo Verde e como isso supostamente levou a uma falta de autenticidade e originalidade. É verdade, meus caros, que a história da colonização e escravidão deixou cicatrizes profundas, mas há algo de intrigante nessa argumentação.

Este autor parece sugerir que a influência portuguesa é uma sombra permanente sobre Cabo Verde, impedindo a nação de encontrar a sua própria voz. Será que os cabo-verdianos estão condenados a serem eternamente reféns dos mestres portugueses, incapazes de criar algo único? Que visão encantadora da capacidade humana de superar desafios históricos!

E então, há a chamada para uma \"reinvenção completa de Cabo Verde\". Ah, sim, porque é tão simples assim, não é? Basta apertar um botão e reinventar uma nação. Certamente, isso não requer um esforço hercúleo de décadas para redefinir a cultura, a política e a identidade dum país. Sejamos realistas, essa sugestão é tão simplista quanto um conto de fadas.

Em última análise, caros leitores, este autor nos brinda com um texto que poderia ter sido gerado por uma máquina, já que ele mesmo parece terceirizado a sua capacidade de pensamento. Essa sua crítica, repleta de clichês e generalizações, não faz justiça às complexidades e desafios enfrentados por Cabo Verde. Que desperdício de tempo e tinta digital!

O autor da epístola, com mestria e perspicácia, ergue um discurso no qual afloram pontos de inegável relevância, respeitante ao tormento da falta de autenticidade e originalidade nos meios intelectuais cabo-verdianos. O dedo acusador é direcionado à excessiva influência que Portugal e os antigos mestres lusitanos exercem sobre a produção intelectual e cultural do ilhéu arquipélago. Entretanto, permitam-me, distintos leitores, expressar algumas reservas quanto à abordagem do respeitável autor.

Em primeiro lugar, devemos, com candura, reconhecer que a presença lusa na história de Cabo Verde é um traço indelével de seu legado. Recusar ou menosprezar tal influência seria como negar parte da própria identidade e narrativa deste país. Urge, assim, encontrar modos hábeis de integrar e reinterpretar esse legado, de modo que possa refletir a identidade singular desta nação no pós-colonialismo.

É digno de nota que a imitação, como é bem exposto, não é em si mesma algo de vilipendioso. Ela é, antes, um método comum de aprendizagem e evolução em múltiplos domínios da existência humana. O problema ressurge quando esta imitação assume as feições de norma incontornável, sufocando, deste modo, a genuína criação e a emergência duma voz autêntica. Portanto, a premente necessidade recai na promoção dum equilíbrio virtuoso entre a instrução e a inovação.

Ademais, o processo de construção duma identidade pós-colonial é uma senda sinuosa que requer tempo e refletida contemplação. A despeito da independência alcançada por Cabo Verde, a transição para uma identidade própria e singularidade cultural e intelectual não pode ser apressada, pois a maturação deste desiderato reclama paciência e suporte incondicional.

Neste contexto, o apelo à reinvenção integral de Cabo Verde surge como uma melodia de profunda relevância. Este chamado exige um esforço coletivo, que congregue os cidadãos, numa corrente de colaboração e respeito. Não é somente uma incumbência que recai sobre os intelectuais, mas sim um encargo compartilhado por toda a coletividade, incluindo a diáspora cabo-verdiana, na árdua tarefa de edificar uma identidade e independência autênticas.

A presente carta argumenta com mérito sobre a ausência de autenticidade e originalidade nos círculos intelectuais cabo-verdianos, suscitando ponderações de significativa monta sobre a identidade pós-colonial e o anseio por independência cultural, política e religiosa. Ela é um convite à reflexão e ao zelo na reformulação da produção intelectual e artística, bem como das políticas públicas, com o propósito de forjar um Cabo Verde genuinamente distinto e independente.

Meu caro poeta e prosador, estas matérias uma reflexão mui mais aprofundada, para permitir um juízo crítico assaz abalizado e coerente. Os países tomamaram a independência, mas há coisas que precisam preservadas por não pertencerem exclusivamente aos colonizadores. Você não pode simplesmente deitar tudo abaixo para recomeçar de novo. No resto, estou parcialmente de acordo consigo. Precisamos de reinventar algo sem perdermos a base ou sustentação.

Seria pertinente definir a priori: os quadros (os nomeados?) e intelectuais (elementos do sistema?) cabo-verdianos. Isto implica ausência de cidadania e de identidade, logo \"undi ki dá ki panha\".