Em declarações à Inforpress, a presidente, Vicenta Fernandes, avançou que a iniciativa conta com a parceria do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) e do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) e pretendem levá-la aos bairros, comunidades e escolas.
A presidente disse que se trata de um tema tabu pouco falado, e de uma doença que muitas mulheres carregam pela vida inteira, daí a necessidade de alertar e despertar a atenção da sociedade civil para esta doença, que, segundo a mesma, tem cura
Por outro lado, afirmou que a violência, abuso e exploração sexual constituem uma das piores formas de violência de género que acontece nas mulheres e não só, sendo que deixa marcas e traumas, sobretudo, quando acontece na infância.
“Temos estado a lidar com algumas situações de casos de Violência Baseada no Género (VBG), onde as mulheres relatam que têm um trauma da infância porque sofreram abusos e exploração sexual quando eram menores”, apontou.
Tendo em conta que a violência baseada no género é considerada um problema de saúde pública, realçou que é necessário trazer a temática para o debate público sendo que aconteçam também nas pessoas adultos que, muitas vezes, não denunciam porque não acreditam na justiça, ou têm vergonha, medo e outros sentem-se culpabilizadas.
“Temos de debater esta temática e mostrar às pessoas de que é possível curar esta doença e que é possível também começarmos a educar os nossos filhos de outra forma e trabalhar esta temática para podermos ter a autonomia do nosso corpo e na nossa decisão”, disse.
O encontro desta terça-feira acontece no Palácio da Cultura, Ildo Lobo e terá como orador o psicólogo, Jacob Vicente e será moderado pela presidente do ICIEG, Marisa Carvalho.
A Semana com Inforpress