Carlos Matos, que compôs a lista dos artistas que subiram aos palcos da 9ª edição do AME na noite desta terça-feira, avançou à imprensa que o show ultrapassou as suas expectativas, que por ser a primeira actuação ao vivo, não esperava a tamanha reacção do público, além do mais por se tratar de um único instrumento e sem voz.

“Foi extraordinário, senti-me mesmo em casa, o público me deixou à vontade, fiquei muito satisfeito com o primeiro espetáculo piano a solo aqui em Cabo Verde”, concretizou o maestro também professor de música.

Um dos momentos altos da sua actuação foi quando interpretou “Febri funaná” de Codé di Dona, em que o público cantou ao som do piano, dando prova que há palcos para outros formatos de música.

“Funaná é um gênero que normalmente não tem piano, então foi uma pesquisa feita em tempo de confinamento, foi uma jornada solo que agora está a ser partilhada com o mundo e foi muito bonito”, ressaltou o músico.

Daqui a dois anos, revelou Carlos Matos, vai lançar mais um projecto a solo.

À imprensa, o brasileiro Leo Middea, que actua também pela primeira vez no AME, encantou o público com o estilo MPB e espera poder voltar mais vezes a Cabo Verde para espetáculos.

“É uma sensação muito nova para mim, é meu quinto disco, mas que trás muitas mudanças e estar aqui em Cabo verde pela primeira vez é apaixonante, é incrível o quão próximo do Brasil que é aqui”. Estava totalmente com coração mesmo aberto para o que acontecesse e para mim foi melhor do que poderia esperar”, exclamou o artista.

Feliz por ter conquistado o público cabo-verdiano, Leo Middea, revelou que os restantes temas que compõem o seu recente disco “Gente” vão ser desvendados aos poucos até o álbum sair completamente.

A segunda noite da 9ª edição do AME contou também com a actuação de Beny Esguerra que abriu o show, seguida de Carlos Matos, CSI MA`ATRA e Hélio Batalha.

Thairo Kosta, artista responsável por fechar o espetáculo não actuou porque perdeu completamente a voz e pode vir a ser reintegrado na programação, segundo a organização.

O Atlantic Music Expo 2023 arrancou ao início da noite desta segunda-feira no Auditório Nacional Jorge Barbosa, na cidade da Praia, com acesso gratuito ao público, e prolonga-se até ao dia 13 deste mês.

O cartaz, o mais eclético de sempre, é composto por cerca de 120 artistas e músicos de mais de quinze nacionalidades, com um total de 26 actuações, distribuídas pelos palcos da Pracinha Escola Grande, Praça Luís de Camões, Rua Pedonal e Osteria.

A Semana com Inforpress