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"Ainda se morre de asma", alerta OMS no Dia Mundial da Asma 04 Maio 2023

Tratar a asma é vital e sem uma vacina própria os governos têm de dar acesso gratuito à vacina antipneumocócica, alerta a OMS neste 2 de maio, o Dia Mundial da Asma instituído há 25 anos devido ao aumento de casos: 300 milhões de asmáticos, 12 por cento da população-alvo constituída por mais idosos. "Se não tratar a minha asma vou inflamar os meus brônquios e o meu aparelho respiratório fica comprometido para sempre", dizem as autoridades médicas um pouco por todo o mundo — em registo apelativo na primeira pessoa, a lembrar que a doença pode chegar a qualquer um.

A OMS (consultável online) refere que os mais afetados são os mais idosos, em média 12 por cento da humanidade. Mas a experiência diz algo mais sobre o facto de que a população-alvo é constituída por pessoas de todas as idades.

Um exemplo: "Paula" hoje na casa dos trinta anos, desde a infância a sofrer de asma, para quema bombinha comprável nas nossas farmácias é a sua salvação. Se no mapa mundial (da ilustração) ela constitui um número estatístico não-significativo, a experiência pessoal dela é de sofrimento que só é atenuado graças à solidariedade de quem lhe oferece a bombinha.

No mesmo mapa mundial (da ilustração), a América é pintada na cor alarmante, muito por conta do envelhecimento da população. Mas a infância também é atingida, como se lembrou a sete mil quilómetros Atlântico abaixo quando no fim do segundo milénio o mais novo da família, nascido na diáspora há 25 anos, teve um diagnóstico de asma.

"O nosso avô era asmático", explicou-se. Há fatores diversos que desencadeiam a doença respiratória crónica. Mas foi o fator genético que se evocou, associando-o ao avô nonagenário dos anos de 1970.

Uma longevidade rara que na família alguns logo atribuiram aos cuidados que esse avô foi forçado a seguir, dada a sua condição. E como que a apoiar a tese dos cuidados, uma parente asmática, sobrinha-neta do longevo avô, morreu na flor da idade. A explicação era que a família não tinha condições para lhe fazer os tratamentos na ilha vizinha, São Vicente. Seguiu-se um irmão dela anos depois, que morreu na emigração ’holandesa’ aos quarenta anos — talvez paradoxalmente, dado o desenvolvimento dos cuidados de saúde no reino dos Países-Baixos.

Como que a provar a tese associada à vitória terapêutico-farmacológica, esse bisneto asmático, cabo-verdiano-descendente que sofreu de asma na infância, venceu a doença, que, diz a OMS, é uma das mais comuns na infância, afetando cerca de 7 milhões de crianças.

Vamos observando...

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