A OMS (consultável online) refere que os mais afetados são os mais idosos, em média 12 por cento da humanidade. Mas a experiência diz algo mais sobre o facto de que a população-alvo é constituída por pessoas de todas as idades.
Um exemplo: "Paula" hoje na casa dos trinta anos, desde a infância a sofrer de asma, para quema bombinha comprável nas nossas farmácias é a sua salvação. Se no mapa mundial (da ilustração) ela constitui um número estatístico não-significativo, a experiência pessoal dela é de sofrimento que só é atenuado graças à solidariedade de quem lhe oferece a bombinha.
No mesmo mapa mundial (da ilustração), a América é pintada na cor alarmante, muito por conta do envelhecimento da população. Mas a infância também é atingida, como se lembrou a sete mil quilómetros Atlântico abaixo quando no fim do segundo milénio o mais novo da família, nascido na diáspora há 25 anos, teve um diagnóstico de asma.
"O nosso avô era asmático", explicou-se. Há fatores diversos que desencadeiam a doença respiratória crónica. Mas foi o fator genético que se evocou, associando-o ao avô nonagenário dos anos de 1970.
Uma longevidade rara que na família alguns logo atribuiram aos cuidados que esse avô foi forçado a seguir, dada a sua condição. E como que a apoiar a tese dos cuidados, uma parente asmática, sobrinha-neta do longevo avô, morreu na flor da idade. A explicação era que a família não tinha condições para lhe fazer os tratamentos na ilha vizinha, São Vicente. Seguiu-se um irmão dela anos depois, que morreu na emigração ’holandesa’ aos quarenta anos — talvez paradoxalmente, dado o desenvolvimento dos cuidados de saúde no reino dos Países-Baixos.
Como que a provar a tese associada à vitória terapêutico-farmacológica, esse bisneto asmático, cabo-verdiano-descendente que sofreu de asma na infância, venceu a doença, que, diz a OMS, é uma das mais comuns na infância, afetando cerca de 7 milhões de crianças.
Vamos observando...