Como vem sendo hábito, com as chuvas surgem doenças graves em Cabo Verde, nomeadamente o paludismo e a cólera, o que, a acontecer, poderão reduzir a capacidade de resposta do sistema nacional de saúde que está agora focado no combate à pandemia de novo coronavírus que assola o país desde 19 de Março deste ano.
“Não temos só a Covid19 para nos preocupar, temos também as doenças de transmissão vectorial e as gastrointestinais, principalmente em criança. Neste momento já estamos à espera de que apareçam outros quadros respiratórios”, explicou a Delegada da Saúde da Praia citada pela RCV, que garante que os serviços estão “atentos”, tendo já dado início às campanhas de pulverização.
De acordo com Ulardina Furtado, a DSP está a tratar os focos de mosquitos, tanto os já conhecidos como os que aparecem pela primeira vez, e prepara-se, com a abertura dos aeroportos, para acompanhar os voos que chegam a Cabo Verde provenientes de países endémicos em termos de doenças de transmissão vectorial.
A Delegada da Saúde da Praia recordou que, há quase três anos, Cabo Verde não regista casos autóctones, mas chama a atenção para o risco, sempre presente, de ocorrer a entrada de pessoas doentes que podem ser picadas pelos mosquitos e estes transmitirem a doença, disse aquela responsável à RCV.