O chefe de Estado é apontado criticamente por ter nomeado Receado, antigo delegado do SIC de Luanda, que é o principal suspeito numa suposta "rede de tráfico de droga".
Esta indicação presidencial é tida como uma interferência "inaceitável" no curso da Justiça, já que há pouco mais de um mês a PGR-Procuradoria-Geral da República anunciou a abertura de uma investigação para apurar o envolvimento de altos responsáveis do Serviço de Investigação Criminal no tráfico de droga, incluindo o antigo delegado provincial de Luanda.
Suspeito de tortura fatal
O comissário Receado é denunciado em carta ao chefe de Estado relativamente à morte de João Alfredo Dala, no dia 1 de setembro de 2018.
Os familiares escrevem que João Dala morreu "vítima dos ferimentos resultantes da terrível tortura que terá sofrido durante 15 horas consecutivas" por altos dirigentes do SIC, nomeadamente "Fernando Manuel Bambi Receado (Comissário) e Lourenço Ngola Kina (Sub-Comissário), directores do SIC em Luanda e Uíge respectivamente", lê-se nacarta divulgada pela imprensa angolana.
A presidência anunciou a abertura dum inquérito, cujo desfecho é desconhecido passados mais de quatro anos.
PGR pediu demissão
O general Hélder Fernando Pitta Grós/Groz, assumiu o cargo de procurador-geral da República de Angola desde dezembro de 2017, por nomeação presidencial.
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Fontes: Portal angoline/Voz de Angola/