A ex-deputada do MPLA e filha do longevo presidente JES — ela foi sempre "reguila", segundo a retratou a primeira primeira-dama angolana, Eugénia Neto por ocasião do disputado enterro do segundo presidente angolano em agosto passado — junta-se ao movimento cívico Fica em casa.
Entre as personalidades que, através das suas páginas nas redes sociais, Facebook e Instagram, garantem aderir ao protesto constam além de Paulo Flores e Tchizé dos Santos, ativistas como Gangsta (3ª foto da 3ª fila), Laurinda Gouveia e Dito Dali, que fizeram parte dos "15+2", condenados por atos preparatórios de rebelião, ou militantes da UNITA como Ginga Savimbi (2ª foto da 2ª fila), filha do fundador do maior partido da oposição angolana, Jonas Savimbi, ou o deputado Adriano Sapinala (3ª foto da 4ª fila), do mesmo partido.
"Junta-te ao movimento, dia 31 fica em casa", apela Paulo Flores. "Ninguém sai de casa, ninguém sai do kubico".
A empresária Tchizé dos Santos destaca: "Ouvi o conselho do Paulo e aderi à greve do dia 31/03 pois a greve é um direito constitucional de todos os angolanos. Dia 31 vou ficar em casa e tudo o que faço relacionado com Angola vai parar".
A ativista Laura Macedo (3ª foto da 2ª fila) — que em 2018 se destacou como membro do grupo de cidadãos e cidadãs que buscou impedir a lei do "repatriamento de capitais" apodando-a de branqueamento — sublinha na sua página do Facebook que "a Rádio Nacional de Angola lançou aos Manifestantes a ameaça de que quem estiver na rua pode levar ou até morrer com balas perdidas" e promete que "os angolanos não vão ser agredidos pelos forças comandadas pelos Guardiões da Ditadura" e que "a Polícia e seus cães não vão poder abocanhar-nos".
Ativista Gangsta
O artista e ativista Gangsta (3ª foto da 3ª fila) que "vive escondido" porque, diz, "o MPLA mata", tem estado a lançar apelos a várias classes sociais, desde "artistas, médicos, professores e taxistas, para se mobilizarem e juntarem ao protesto silencioso do Fica em casa".
Protesto silencioso, apela Gangsta, "isto é uma forma de protesto". Perante "a repressão do João Lourenço e MPLA", Gangsta faz apelo aos "32 milhões de angolanos para a campanha de combate contra o neocolonialismo", pede a união e ação de "cada um de nós".
Do contra: "Vamos bumbar"
Também nas redes sociais estão a surgir apelos para não adeir à greve: "Vamos bumbar/Vamos trabalhar".
Fontes: Redes sociais/DW/DN.pt/...Fotos: Tchizé dos Santos, Paulo Flores,....