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Angola perspetiva para 2030 arranque da produção de biocombustíveis 13 Novembro 2023

O Governo angolano prevê produzir, antes de 2030, biocombustíveis para uso interno e para exportação, com um investimento inicial de aproximadamente 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros), informou hoje fonte do setor.

Angola perspetiva para 2030 arranque da produção de biocombustíveis

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), concessionária nacional, apresentou hoje a estratégia de lançamento dos biocombustíveis em Angola, a última etapa da auscultação pública realizada, segundo o responsável da Direção de Integração Energética e Biocombustível da ANPG, Vita Mateso.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, referiu que este não é um tema novo para o setor dos petróleos e gás, e para incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de exploração e produção de biocombustíveis em Angola, a concessionária angolana tem a responsabilidade de regulamentar e fiscalizar esta atividade.

“Pelo que, o ato que hoje assistimos deverá ser o primeiro de muitos que nos levarão à reflexão e promulgação de diplomas legais relevantes ao exercício pleno desta atividade e a obtenção de resultados nos próximos tempos”, frisou.

Diamantino Azevedo realçou que a Estratégia Nacional de Biocombustíveis aprovada em 2009, para fazer face aos compromissos do Protocolo de Kyoto, que congrega entre outros objetivos a redução das emissões de gases de efeito estufa, foi revista atendendo às atuais circunstâncias económicas, de desenvolvimento tecnológico e de transição energética.

Segundo o ministro, a utilização de biocombustíveis na matriz energética de Angola poderá ter impacto sobre a importação de produtos derivados do petróleo, contribuindo desta forma para a economia de divisas, lembrando que a Sonangol, petrolífera estatal, e a ENI, petrolífera italiana, assinaram um memorando de entendimento para a construção de uma Biorrefinaria.

“O memorando visa a materialização da estratégia de transição energética da Sonangol, e prevê a identificação e avaliação de um conjunto de oportunidades como, cadeias de abastecimento agroindustriais para a produção de biocombustíveis com baixa emissão de carbono, valorização da biomassa residual e promoção de sinergias entre as cadeias produtivas agrícolas e a bioenergia”, disse.

Em declarações à imprensa, Vita Mateso salientou que Angola tem “muito potencial” para a produção de biocombustíveis, olhando para a quantidade de terras aráveis que possui, permitindo que o país atinja quatro objetivos definidos, designadamente o crescimento do Produto Interno Bruto, a redução das emissões de gás de efeito estufa, o crescimento social e a exportação de energia verde.

O responsável sublinhou que o Governo está a olhar para os biocombustíveis, não só para consumo interno, mas também para exportação, como produto acabado.

A construção de infraestruturas básicas é um dos desafios para a produção de biocombustíveis, no que se refere ao armazenamento da safra, produção agrícola, o seu escoamento, “ou seja, estradas apropriadas”, fábricas de extração de óleo e biorrefinarias.

“O objetivo final dessa estratégia de facto não é só produzir óleo para ser exportado, mas queremos transformar o óleo em Angola, termos as nossas biorrefinarias espalhadas no país para produzir localmente e o produto final ser usado internamente e uma parte ser exportada”, salientou.

Vita Mateso avançou que para uma produção para uso interno calcula-se um investimento inicial, nos primeiros anos, em torno de 12 a 20 mil milhões de dólares, prevendo-se para 2024, a curto prazo, a realização de um estudo de viabilidade, olhar para a questão da certificação e revisão da legislação.

“Temos estado a trabalhar numa nova legislação, que abrange não só a questão dos biocombustíveis, mas vai se referir a questão dos créditos do carbono, a questão da redução das emissões de gás de efeito estufa”, realçou o responsável, ajuntando que a primeira produção angolana "de biocombustível, matéria pronta, acabada" deverá ocorrer antes de 2030.
A Semana com Lusa

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