Integrada por seis empresas cabo-verdianas que laboram nas áreas das energias renováveis, a ACER, impulsionada pela Associação Lusófona das Energias Renováveis, tem como missão principal participar activamente na promoção das energias renováveis e no processo de transição energética em Cabo Verde.

A ideia, segundo o presidente da Comissão Instaladora, Jansénio Delgado, da Electric Wind, é de representar uma única voz das empresas junto das instituições públicas e internacionais, e promover as energias renováveis e as tecnologias de produção de energia amigas do ambiente e, ao mesmo tempo, lutar para um bom ambiente de negócios na área ao nível do país.

“No fundo é participar activamente no processo de transição energética de Cabo Verde”, disse.

Segundo Jansénio Delgado, a Comissão Instaladora vai a partir desse momento fazer um trabalho de mobilização de todas as empresas do sector e outros actores que estejam interessados em participar na associação.

“Nós estaremos abertos a todos e naturalmente a outras instituições, nomeadamente, as universidades e as instituições da formação profissional que trabalham também nesse sector das energias renováveis”, apontou.

Em nome do Governo, o director nacional da Indústria e Energia, Rito Évora, saudou a iniciativa, que, afirmou, foi acarinhada pelo executivo desde o início, salientando que ter este tipo de associação especializada, representativa da classe dos operadores, vai ser, com certeza, “uma grande mais-valia”.

“Portanto, há um grande desafio, e ter um interlocutor único que possa congregar as preocupações do sector é muito bom, já que numa fase mais complexa desse processo de transição energética a coordenação interinstitucional com os operadores vai ser uma tarefa importante”, acrescentou.

Rito Évora afirmou que a transição energética é uma tarefa de todos, sublinhando que o Governo quer que ela seja impulsionada por empresas credíveis devidamente certificadas para que também os interesses dos consumidores sejam salvaguardados e as empresas e os cidadãos sintam-se seguros e não haja descredibilização do processo.

A ACER foi impulsionada pela Associação Lusófona das Energias Renováveis (ALER), criada desde 2015, para promover as energias renováveis nos países lusófonos africanos, junto do sector público e privado, criando plataformas de cooperação com os vários ‘stakeholders’ e funcionando como uma voz comum, para melhorar o ambiente de negócios e potenciar os benefícios socioeconómicos das energias renováveis.

Cabo Verde junta-se agora a Moçambique e Angola que também já dispõem das suas associações nacionais. A Semana com Inforpress