O evento denominado “Eco Pesca – Oportunidades sustentáveis” vai ser realizado em parceria com as organizações não- governamentais (ONG) Paz e Desenvolvimento e Coopera e pretende dar a conhecer essas oportunidades aos operadores do sector e ao público em geral, conforme informações da assessoria da APM.
A associação lembra que a problemática de resíduos de pescado tem atingido grandes proporções no mundo inteiro, e ainda cita um estudo realizado recentemente pela Be Safe Group que demonstrou que as comunidades piscatórias do Mindelo, Calhau e São Pedro produzem diariamente uma tonelada de resíduos de peixe.
Um facto, que, sublinhou, realça a “necessidade urgente” de melhorar a gestão e a reutilização destes resíduos.
“Isto não só garante benefícios económicos, ambientais e sociais, mas também oferece o potencial para criar oportunidades de emprego através da industrialização e comercialização dos sub-produtos dos resíduos”, enalteceu a mesma fonte.
Para a APM, a feira, que acontece na sexta-feira, no pátio da Réplica da Torre de Belém, actualmente Museu do Mar, servirá de vitrina de alternativas identificadas para os sub-produtos da cadeia de valor do pescado.
Por isso, no evento vão ser apresentados projectos como a produção de farinha de peixe para ração animal, artes e bijuterias, biogás, carne mecanicamente separada (polpa de pescados) ou farinha de conchas de ostras/búzios.
Esta iniciativa faz parte do projecto “Promoção de uma cadeia de pesca integral mais inclusiva e sustentável que favoreça o acesso aos direitos das mulheres e dos jovens no litoral de São Vicente”, financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
A Semana com Inforpress