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Aumentos de salários no BCV e despesas públicas: Orlando Dias alerta que se o Estado não der exemplo não tem moral para pedir sacrifícios 27 Setembro 2023

Com a polémica instalada no país sobre os recentes aumentos (entre 17 e 18%) de salários concedidos pelo Governo aos administradores do Banco de Cabo Verde, Orlando Pereira Dias, deputado do MpD na Assembleia Nacional e no Parlamento da CEDEA, retoma, num post que acaba de publicar na sua página de Facebook, sobre os aumentos das despesas do Estado, perante um governo que continua gordo. «O governo continua gordo e a fazer apelos à compreensão dos que menos ganham, ao mesmo tempo que se assiste às mãos abertas para quem mais tem. Ora, isto é incompreensível para a esmagadora maioria das cabo-verdianas e dos cabo-verdianos!». Dias, que foi candidato alternativo à atual liderança de Ulisses Correia e Silva na última convenção nacional do MpD, adverte que se o Estado não der o exemplo na contenção das despesas, não tem moral para pedir sacrifícios às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos. «Reiteradamente tenho apresentado, no Parlamento de Cabo Verde, propostas para a contenção da despesa pública, esbarrando nas orelhas moucas dos poderes instalados. E parece-me que ninguém do governo e do seu entorno evidência perceber uma coisa tão simples como esta: se o Estado não der o exemplo na contenção das despesas, não tem moral para pedir sacrifícios às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos!», defende no post referido, que divulgamos a seguir.

Aumentos de salários no BCV e despesas públicas: Orlando Dias alerta que se o Estado não der exemplo não tem moral para pedir sacrifícios

Se o Estado não der exemplo não tem moral para pedir sacrifícios

Três meses atrás, (em junho), o primeiro-ministro declarou situação de emergência social e económica no país. Na ocasião, o governo de Cabo Verde acionou, junto dos nossos parceiros internacionais, os mecanismos necessários para a mobilização de recursos tendo em vista dar combate à crise.

Ainda na mesma ocasião o primeiro-ministro fez um apelo às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos para que economizassem nos consumos de eletricidade, de gasóleo e gasolina, e que fizessem um esforço de poupança individual e familiar. Mas, também, apelou no mesmo sentido à administração do Estado.

Pelos vistos, os nossos parceiros internacionais acolheram bem o pedido do governo e, ao que julgo, terão aberto as mãos a novos recursos. É que, como se sabe, manter “um exemplo de democracia em África” tem alguns custos, nada de mais para os bolsos bem recheados das chamadas democracias ocidentais.

Deduzo o que terão pensado as cabo-verdianas e os cabo-verdianos do apelo à poupança, quando não veem, por parte do primeiro-ministro e do governo um sinal nesse sentido. Como também não esquecem o que disse a segunda figura do executivo a propósito de aumentos salariais para os que menos ganham, argumentando que o País, de momento, não teria condições para tal.

O governo continua gordo e a fazer apelos à compreensão dos que menos ganham, ao mesmo tempo que se assiste às mãos abertas para quem mais tem. Ora, isto é incompreensível para a esmagadora maioria das cabo-verdianas e dos cabo-verdianos!

Reiteradamente tenho apresentado, no Parlamento de Cabo Verde, propostas para a contenção da despesa pública, esbarrando nas orelhas moucas dos poderes instalados. E parece-me que ninguém do governo e do seu entorno evidencia perceber uma coisa tão simples como esta: se o Estado não der o exemplo na contenção das despesas, não tem moral para pedir sacrifícios às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos!

Orlando Pereira Dias

(Deputado da AN e do parlamento da CEDEAO)

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