Qual é a motivação da sua candidatura à presidência da Praia?
A candidatura nasceu a partir da perceção de que a conjuntura político-social não está do agrado de muitos cabo-Verdianos. É evidente que muitos estão de alguma maneira esgotados, revoltados, descontentes com os partidos políticos, quer a situação, quer a oposição.
A nossa candidatura será uma "opção" para todos os eleitores esgotados com esse cenário e, também, ao mesmo tempo, fazer face ao sistema bipartidário.
Acrescento que, para além disso, acreditamos seriamente que o nosso país, começando pela nossa capital, tem condições para estar melhor e mais desenvolvido. Por isso também temos projetos viáveis, que com certeza vão dinamizar e incrementar o desenvolvimento do nosso país.
Qual é o objetivo da candidatura?
A nossa candidatura visa despertar a consciência coletiva para um maior envolvimento do "povinho" em questões político-sociais. Temos projetos inovadores, projetos ousados, com força para mudar o panorama da Praia, quer a nível social, económico, cultural ou mesmo o modo como o exterior vê a nossa cidade.
Esses projetos são voltados sobretudo para a valorização dos recursos locais e projetos que tendem a criar as nossas próprias tendências.
Acha que é possível atingir tais objetivos?
Só pelo facto de conseguirmos fazer com que fosse validada a nossa candidatura, com esse nome, que por si só já deixa o eleitor ciente da nossa luta, podemos dizer que já atingimos grande parte do nosso objetivo.
O resto cabe ao povo.
Prioridades, desafios e propostas caso venha a vencer as eleições
Pode falar das prioridades da sua candidatura?
A nossa prioridade será fazer o povo sentir-se bem e mobilizar a água para o preparo e cultivo dos espaços (terrenos) circundantes à cidade da Praia.
Também é de extrema importância tornar a nossa cidade mais segura. Entendemos que o desemprego jovem é um dos fatores que contribui para que haja mais crimes na cidade. É crucial a criação de milhares de postos de trabalho. A maioria dos projetos que temos visa gerar empregos.
Quais são os principais desafios a vencer na capital do país?
Cremos que seja a falta de segurança sentida na nossa capital, gerada pela falta de emprego jovem.
Se for eleita qual seria a primeira mudança a fazer no concelho?
Seria a não disponibilização de viaturas públicas para buscar os funcionários da Câmara em casa, pela manhã, quando vão para o trabalho, ou seja, cada funcionário tem de arranjar meios de chegar ao trabalho (na hora), como qualquer outro trabalhador, seja a pé, seja por meio próprio ou pela opção dos transportes públicos (autocarros, iace, táxi) etc.
Quais as propostas concretas para as políticas públicas mais importantes na cidade, os recursos e as maneiras de implementá-las?
Relativamente aos planos e projetos, e como irá funcionar na prática, disponibilizaremos na íntegra, através da nossa plataforma, onde todos podem apreciar, a partir do dia 12 deste mês.
Composição das listas e mensagem da candidatura
Como é que está composto a sua equipa em termos de competências técnicas e de género?
Em termos de género, a nossa lista é uma lista que respeita a lei da paridade estabelecido pelo código eleitoral, sendo que mais de 50% são mulheres.
No que tange às competências técnicas, podemos dizer que por ser uma lista extremamente jovem, muitos dos nossos candidatos são estudantes, portanto estão no processo de aquisição de conhecimentos que virão a ser úteis, caso vençamos as eleições.
Que apelo deixa aos eleitores para o dia 25 de outubro?
Queremos apelar a todos os que possuem do direito de voto, a irem às urnas, por decisão própria, expressar o que for da sua vontade e da sua convicção.
Ainda queremos apelar aos eleitores que, por algum motivo, estejam indecisos ou não se sintam motivados a votar, que votem no "DJA STA BOM", pois só assim o governo irá notar o seu descontentamento.
Karine da Silva (Estagiária)/Redação