De acordo com o relatório de Estatísticas dos Transportes do terceiro trimestre, os 4.862.666 passageiros em transportes coletivos urbanos regulares no arquipélago de julho a setembro comparam com os 4.790.655 do mesmo período de 2021 (+1,5%).
Em nove meses de 2022 já contabilizados pelo INE, os autocarros transportaram 15.686.201 passageiros em Cabo Verde, essencialmente nas duas maiores cidades do arquipélago, Praia e Mindelo.
No terceiro trimestre, a distância total percorrida pelos autocarros em Cabo Verde registou o valor mais alto em mais de um ano, acima de 1,5 milhões de quilómetros, um aumento de 3,5% em termos homólogos. Já o período trabalhado desceu 25,8% face ao terceiro trimestre de 2021, para 121.321 horas.
O número de lugares disponibilizados para o transporte, de passageiros sentados ou em pé, em autocarros aumentou ligeiramente, 0,4%, em relação a igual período do ano de 2021, para um total de 6.351.157.
O crescimento dos passageiros transportados em autocarros no terceiro trimestre, 1,5% em termos homólogos, foi, contudo, o mais reduzido, face ao crescimento de 153% no movimento de passageiros nos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde e de 7,3% nos passageiros movimentados nos portos nacionais.
De acordo com dados compilados a partir do relatório anual dos transportes, relativo a 2021, do INE, os transportes terrestres em Cabo Verde, em autocarros, transportaram mais quase 6,3 milhões de passageiros face a 2020, ano fortemente afetado pelas restrições impostas para travar a pandemia de covid-19.
Em todo o ano de 2021, foram transportados em autocarros, no arquipélago, 20.090.781 passageiros, registo que compara com os 13.794.316 em 2020, que representou então uma quebra de 31,6% face a 2019.
Em 2020, o total de passageiros transportados em autocarros recuou a níveis anteriores a 2016, segundo o histórico disponibilizado pelo INE.
Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.
Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já na semana passada para 10 a 15%.
A Semana com Lusa