De acordo com uma nota petrolífera, o acordo assinado entre as duas empresas indica que a transação inclui um pagamento contingente diferido no montante de até 36 milhões de dólares (33,2 milhões de euros).
A conclusão da transação, que se espera concluir até o final do ano de 2023, está sujeita ainda a questões legais e aprovações das autoridades angolanas, salienta o documento.
“A alienação dos interesses não operados da Azule Energy nesses blocos em águas rasas está alinhada com o foco estratégico da empresa em ativos essenciais em Angola”, realça a nota.
Segundo o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, citado na nota, esta transação representa um passo consistente com a estratégia da petrolífera de concentrar os seus esforços nos seus ativos essenciais em Angola, ao mesmo tempo em que reduzem a sua pegada de carbono.
A petrolífera, uma joint venture independente estabelecida oficialmente em agosto de 2022, e que combina os negócios da BP e da Eni em Angola de forma equitativa, “continua comprometida com sua visão de crescimento e desenvolvimento sustentável a longo prazo no setor energético de Angola”.
“À medida que a empresa conclui esta alienação, ela vai continuar empenhada na busca de oportunidades que estejam alinhadas com os seus objetivos estratégicos, ao mesmo tempo em que contribui para o progresso social e económico de Angola”, sublinha o documento.
A Azule Energy é o maior produtor independente de petróleo e gás de Angola, detendo dois biliões de barris equivalentes de petróleo em recursos líquidos e prevê aumentar para cerca de 250.000 barris equivalentes de petróleo por dia de produção própria nos próximos cinco anos.
A joint venture possui participações em 20 licenças, das quais seis são blocos de exploração, participação na Angola LNG e é a operadora do novo consórcio de gás.
A Azule Energy também assumiu a participação da Eni na Solenova, uma empresa solar detida em conjunto com a Sonangol, petrolífera estatal angolana, e colaboração na Refinaria de Luanda.
A Semana com Lusa