Em conferência de imprensa no hospital de São José, de Jerusalém, o arcebispo católico Pierbattista Pizzaballa condenou "a intrusão da polícia e o seu uso desproporcionado da força" como "grave violação das normas e regras internacionais, em particular do direito humano fundamental da liberdade de religião", exprimiu.
Segundo as imagens das televisões locais, a investida da polícia de Israel no recinto do hospital donde saiu a procissão funébre de Shireen Abu Akleh criou momentos de alta tensão. A polícia armada de matracas agrediu os portadores do caixão, que só a muito custo conseguiram mantê-lo erguido.
Em Jerusalém, o arcebispo católico Pierbattista Pizzaballa. Em resposta às fortes reações motivadas por imagens como as das fotos, a polícia israelita abriu um inquérito mas defende que foi forçada a enfrentar "desordeiros" presentes no cortejo.
A família de Shireen Abu Akleh rejeitou a versão policial que culpa "desordeiros" presentes no cortejo.
Também Jamil Koussa, o diretor do hospital São José — onde um médico ficou ferido por uma bala de borracha na sequência da carga da polícia — declarou hoje à agência noticiosa AFP que na sexta-feira contactou com a polícia junto ao estabelecimento e pediu que o cortejo "decorresse pacificamente".
A polícia preveniu que caso as pessoas que prestavam homenagem à jornalista entoassem "cantos" nacionais palestinianos ou agitassem bandeiras, o cortejo seria bloqueado, acrescentou.
O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade os factos e exigiu "um inquérito transparente e imparcial" à "morte" da jornalista de 51 anos. Os responsáveis palestinianos consideramque se tratou de um ato premeditado das forças militares do Estado de Israel.
Fontes: Jerusalem Post/ BBC/AFP/CBC.ca/Irish Times/Telegraaf.nl. Fotos(AFP):