O edil boa-vistense, Cláudio Mendonça, falava após a conclusão do processo que culminou com um protocolo de compromisso pós-programa, assinado entre a câmara municipal e a MIOT (Ministério das Infraestruturas e Ordenamento do Território) para consolidação dos resultados conseguidos com o programa de demolição, eliminação das barracas e realojamento das famílias.
Neste processo, iniciado em 2017 em parceria com autarquia local, foram abrangidas 620 famílias dos bairros da zona sul de Boa Esperança e Farinação.
O presidente da CMBV agradeceu a equipa do ministério pela disponibilidade e interesse para que se pudesse concluir o processo, que considera “importante” e de “relevância” para o município da Boa Vista, bem como a directora-geral de habitação, Eneida Morais que, a seu ver, teve um desempenho e esforço “excelente” para execução e término do programa.
Cláudio Mendonça acrescentou ainda que a edilidade definiu a eliminação da barraca como uma prioridade máxima neste processo que contou também com o envolvimento de várias outras pessoas e entidades.
“Quando há vontade as coisas acontecem. O processo de demolição das barracas e de realojamento praticamente decorreu nos últimos 12 meses com esforço de todos estes elementos”, sublinhou, concretizando que tal foi possível graças ao compromisso assumido entre os ministérios, nomeadamente da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social e o MIOT, através do memorando de entendimento e cooperação em que se traçou planos e políticas para acabar ou minimizar o número das barracas existentes na ilha, e dar condições mínimas e necessárias de habitação para a população.
“Neste momento é bom dizer que eliminamos as barracas, realojamos e conseguimos dar condições mínimas de habitação e de vida às pessoas que saíram das barracas para morar em habitações mais condignas”, congratulou, perspectivando que provavelmente, na Boa Vista, diminuiu-se o índice de défice habitacional para menos de 16%.
Apesar dos ganhos conseguidos com pessoas a residir em suas residências com água, electricidade e esgoto, aquele edil considerou que foi um processo “cansativo, longo, e com percalços”, mas enalteceu a satisfação do seu término que foi conseguido de forma “positiva”.
Desejou que a CMBV continue a merecer a atenção do MIOT e, nesta linha de ideias, pediu mais para a autarquia para a consolidação da requalificação do bairro de Boa Esperança, da cidade de Sal Rei, e toda a ilha da Boa Vista com infra-estrutura, com redes de água e ampliação da rede de esgotos.
A Semana com Inforpress