Ulisses Correia e Silva, Abraão Vicente e Cláudio Mendonça lançaram este repto à comunidade, visitantes e turistas que visitarem o edifício histórico Forte Duque de Bragança, localizado no ilhéu da cidade de Sal Rei, construído em 1820 para proteger Boa Vista, cujo projecto de requalificação e reabilitação foi inaugurado na quarta-feira, 07.

Durante o acto de inauguração do edifício histórico e cultural, o primeiro-ministro pediu que a exploração do espaço seja feita de forma organizada e estruturada para não haver excesso ou então zero produção de lixo, ou qualquer situação que possa afectar o ambiente.

“Isto está dentro de uma biodiversidade terrestre marinha, o que quer dizer que este é um acasalamento perfeito entre a história, identidade, cultura, ambiente e preservação marinha, e, por isso, há que se criar valor à volta desta iniciativa”, afirmou, reforçando pedido ao uso equilibrado do espaço reabilitado e de todo o ilhéu.

“As pessoas têm direito de desfrutar, mas tem o dever de preservar e manter o local limpo, sobretudo com zero plástico porque é um problema quando vai para o oceano e crie uma série de problemas em termos de reputação externa do património que deve ser preservado”, reiterou, ao mesmo que alertou para a fragilidade dos ecossistemas destes géneros de património.

O ministro da Cultura, Abrão Vicente, realçou a importância do projecto para a autoestima das pessoas da Boa Vista, para os roteiros turísticos dos grupos hoteleiros, que poderão organizar visitas e programas diferenciados, como por exemplo com observação natural de pelágios e espécies, a partir do Djéu.

Nesta mesma ótica enalteceu o contributo para a cultura deste projecto que foi financiado pelo Ministério do Ambiente, acreditando que o mesmo constitui uma “interligação e visão ampla e extraordinária do mar, da cultura e do ambiente”.

O ministro da Cultura espera ainda que o Forte Duque de Bragança posicione e aumente Boa Vista no score do ranking da competitividade turística, visto que, assinalou, se trata de mais um monumento e conteúdo turístico cultural à disposição dos operadores turísticos, económicos e da comunidade em geral.

O presidente Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, por seu lado, considerou que com a inauguração do edifício colocou “uma gota de água” para o desenvolvimento do município e garantiu que a sua equipa fará “de tudo” para valorizar e conservar o espaço, começando pelo aspecto ambiental que, a seu ver, cabe não somente à câmara, mas a todos os munícipes, entidades públicas e privadas.

Por isso, Cláudio Mendonça deixou o alerta para a questão ambiental e defendeu que o turismo “não coabita com o lixo” e sugeriu que “o espaço venha a ser um exemplo” para que os turistas e munícipes se sintam livres de qualquer tentativa de insegurança ambiental, sendo que o ilhéu é muito frequentado, mais ainda nesta época de Verão, que se aproxima.

O projecto contou com co-financiamento da Direção Nacional do Ambiente, através do programa da Bio-Tur com o financiamento do PNUD, no valor de 3.508 contos, sendo o valor global do investimento de 4.208 contos.

A Semana com Inforpress