O ministro, que se encontra de visita à Boa Vista, avançou que a irrigação desses 100 hectares de terreno será executada através de uma central dessalinizadora na praia de canto.

“Os assuntos essenciais têm a ver com a mobilização da água para a agricultura, em que estivemos a ouvir a empresa em relação a uma localização de um central de água dessalinizada na praia do conto que vai mobilizar a água para a irrigação de 100 hectares de terreno na bacia hidrográfica do Calhau”, precisou.

Ainda sobre este projecto, o ministro informou que, este empreendimento será compatibilizado com mais uma outra prioridade que é a perfuração para mobilizar água para aumentar a capacidade de dessalinização de água para o abastecimento público na zona norte da ilha.

Ainda no programa da sua visita, o ministro participou na plantação de tamareiras, na zona a jusante do Rabil, e na remoção da acácia americana que está a ser substituída por plantas de tamareiras e coqueiros.

O ministro considera este projecto estruturante visto que se trata do ordenamento de todo o vale de Rabil a começar pelas áreas a montante de Estância de Baixo até à foz da Ribeira.

“É algo que vai requerer muitos recursos. Vamos definir este projecto e começar a executar e todos os anos vamos ter metas muito concretas na remoção da acácia e substituição pelas tamareiras trazendo ao vale do Rabil aquilo que existia antes e que contribuía, sobremaneira, para a boa economia da ilha”, disse, assumindo que isto implicará, necessariamente, uma boa coordenação entre os vários actores, incluindo o sector privado.

Com o presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, indicou que esteve a discutir as varias questões inerentes ao ambiente, desde o saneamento da ETAR da Boa Esperança, que terá de ser melhorada com intervenções muito concretas e vai ser objecto de avaliação para o efeito, bem como questão dos resíduos sólidos dos investimentos a serem feitos para a melhoria do funcionamento do aterro controlado, mas também da recolha dos resíduos sólidos a nível da cidade e da limpeza urbana.

O funcionamento do matadouro municipal, a necessidade de disciplinar toda a questão do abate e fazer funcionar o que está na lei, as medidas que terão que ser tomadas, a deslocalização das pocilgas, foram outras questões abordadas, conforme o governante.

Gilberto Silva explicou que para a deslocalização das pocilgas já há recursos disponíveis no quadro do Fundo do Ambiente, para que não se elimine a criação de porcos mas se promova a sua melhoria e compatibilização com a legislação vigente, com a saúde pública, ambiental, veterinária e com a urbanidade.

“Aqueles que se dedicam a esta actividade estão a criar a economia e, portanto, o que podemos fazer é ajudar a melhorar a exploração, compatibilizando a actividade com outros princípios e valores que têm a ver com a questão urbana e a saúde pública”, disse.

A Semana com Inforpress