Criticou Jair Bolsonaro durante um discurso no palácio do Planalto que “Tudo agora é pandemia”. Durante essa mesma comunicação, a propósito de um evento para promover a retoma do turismo no país, Bolsonaro continuou a falar do vírus e da forma como o mundo está a lidar com a pandemia.
“Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas”, disse. “Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?” perguntou.
De acordo com os dados do Worldometer, o Brasil é o terceiro país com mais novas infeções (mais de cinco milhões) e já conta mais de 162 mil vítimas mortais.
Para o presidente brasileiro, a pandemia tem sido sobrevalorizada e tem destruído uma série de negócios, recordando que já em dezembro acabam os apoios estatais (o “auxílio emergencial”).
“Como ficam os quase 40 milhões de invisíveis? Perderam tudo agora. O catador de latinha não tinha latinha para catar na rua, não tinha como vender biscoito Globo na praia, não tinha como vender um mate no estádio de futebol. Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio”, criticou, citado pela imprensa brasileira. “Lamento os mortos. Lamento, mas todos nós vamos morrer um dia. Aqui, todos vamos morrer”.
No mesmo evento sobre a retoma do turismo, o presidente teceu ainda críticas a quem admite a possibilidade de uma segunda vaga da doença.
Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro tem-se mostrado bastante cético em relação à gravidade da doença e opôs-se ao isolamento social, tendo chegado a declarar que o Brasil está entre os países que menos sofreram com a covid-19.