A empresa saudita Sela Trading Holding Company oferece o triplo (600 mil contos) do que tinha oferecido o estaleiro turco. A mesma empresa que em setembro desfez o contrato com a Marinha do Brasil já o São Paulo, ao fim de um mês a ser rebocado no Atlântico, ia entrar no Mediterrâneo.
Há mais de três meses deixado em alto-mar, em águas sob jurisdição brasileira, o São Paulo passou a ser um navio-fantasma, um quebra-cabeça(s) velho e mastodôntico — com 63 anos e trinta e duas toneladas — que é uma ameaça ecológica a flutuar ao largo do litoral brasileiro.
63 anos de uso
Fabricado em França entre 1957 e 1960, o porta-aviões Foch da Marinha Francesa foi quarenta anos depois vendido à Marinha Brasileira por trinta milhões de dólares.
O porta-aviões rebatizado São Paulo passou a substituir o homólogo Minas Gerais, fabricado durante a Segunda Guerra. Participou em várias missões no âmbito da NATO e Marinha dos Estados Unidos até 2010.
Foi alvo de reparações num montante superior ao seu custo inicial nesse primeiro decénio na Marinha do Brasil.
Raros países têm
Os Estados Unidos contam 20 porta-aviões. Bem longe dos quatro da China, França e Japão. Contam dois a Coreia do Sul, Itália, Australia e Egipto.
Tal como o Brasil, a Rússia, Reino Unido, Espanha e Índia têm apenas um porta-aviões.
Fontes: UOL/NY Times/Globo/