“Ambos os partidos – Progressistas e Republicanos – afirmaram, expressamente, que reconheceram publicamente por seus dirigentes a vitória da Coligação Brasil da Esperança nas urnas, conforme declarações publicadas na imprensa e que, em momento algum, questionaram a integridade das urnas eletrónicas, diferentemente do que foi apresentado única e exclusivamente pelo Partido Liberal”, indicou o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
A multa imposta é agora exclusivamente para o Partido Liberal que de Jair Bolsonaro, que continua a insistir nas alegadas falhas nas urnas eletrónicas.
Valdemar de Costa Neto, presidente do PL, voltou a dizer que mais de metade das urnas eletrónicas (anteriores a 2020) têm problemas de mau funcionamento, mas que isso não prova fraude.
Costa Neto insistiu que uma auditoria privada contratada pelo PL concluiu que 61% das 577.125 urnas eletrónicas utilizadas na segunda volta, fabricadas entre 2009 e 2015, "não podem ser auditadas", ao contrário das mais modernas, um modelo de 2020.
O líder da PL reiterou que os votos registados nestas antigas urnas deveriam ser invalidados e reconheceu que, na opinião do partido, apenas os votos dos dispositivos mais modernos, nos quais Bolsonaro teria ganho com 51,05%, deveriam ser contados.
Por essa razão, o tribunal multou o partido em quatro milhões de euros e congelou as dotações orçamentais do Estado ao Fundo Partidário até que a multa seja paga e requereu a abertura de um inquérito para apurar um "eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária". A Semana com Lusa