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França visada: Burkina-Faso nega presença de mercenários Wagner e denuncia "coligação internacional" que "viola espaço aéreo" 07 Maio 2023

Depois do presidente Traoré negar repetidamente uma alegada assistência militar russa ao país, o ministro da Defesa burkinabê (foto ao alto) repetiu, esta quarta-feira 3, que "não há mercenários do grupo Wagner", "a Rússia não dita o que quer que seja" à junta no poder e "são os burkinabês que contribuem para todos os esforços de guerra".

França visada: Burkina-Faso nega presença de mercenários Wagner e denuncia

"Muitos pensam que são os russo que nos guiam, mas nós burkinabês não somos crianças", afirmou o coronel Kassoum Coulibaly ao pronunciar-se contra as tentativas duma "coligação internacional" que — para desestabilizar ainda mais o país flagelado com a violência djihadista — "tem vindo a cometer uma série de violações do espaço aéreo" do Burkina-Faso desde a tomada do poder pelo capitão Ibrahim Traoré (fotos ao centro e em baixo) em 30 de setembro último.

A referência acusatória a uma "coligação internacional" — e em que, sem indicar nomes, a França surge como principal acusado — foi feita durante um encontro, em Uagadugu, entre o titular da Defesa e sindicatos e organizações da sociedade civil.

O ministro estabeleceu um nexo causa-efeito entre a recente aproximação Burkina-Rússia e "as violações do espaço aéreo" que estão a acontecer no país que em 2022 sofreu dois golpes de Estado, em janeiro e de novo em setembro, este pelo capitão Traoré de 34 anos.

"A Rússia não manda, não nos dá nada, a luta é nossa, do povo do Burkina que contribui com todos os esforços de guerra para a luta pelo nosso país", rematou o ministro Coulibaly.
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Fontes: AFP/Le Monde/Ivoiresoir/Reuters/TV5Monde. Fotos ao centro: Aos microfones, o ministro da Defesa, o coronel Kassoum Coulibaly; no segundo golpe de Estado de 2022, o capitão Ibrahim Traoré no discurso de tomada de posse como presidente "transitório" prometeu restaurar a paz em 3 meses, para o país eleger o presidente — já se passaram 7 meses. Sankara e família à esqª; em Loumbila, a 25 km da capital, a irmã de Thomas Sankara, Blandine, na sua quinta bio "Yelemani" (Mudança, na língua diula) "continua a luta do irmão" que defendia a agroecologia como o futuro do Burkina-Faso.

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