"Tenho pautado por não comentar declarações de governantes, dirigentes políticos, autarcas, deputados ou de funcionários públicos. Cabe ao Presidente entender os contextos e serenar os ânimos, mesmo quando há excessos", observou José Maria Neves.
"A nossa democracia é jovem, de 32 anos. É natural que o debate político, entre nós, seja ainda aceso, polarizado e raso, com níveis injustificados de violência e de desrespeito. Isso mostra a imensidão dos desafios que temos pela frente", advertiu o PR.
Segundo ele, "face a declarações mais rudes", espera-se do Presidente da República serenidade e pedagogia política, pois há um grande caminho a fazer no domínio da educação cívica e cidadã.
"Para termos um ambiente cada vez mais tranquilo e adequado ao exercício da política e das diferentes funções públicas e encontrarmos os equilíbrios necessários - esperamos ainda muitos excessos -, são precisos, repito, serenidade, muita paciência e, sobretudo, um muito forte espírito pedagógico", defendeu.
Para o Chefe de Estado de Cabo Verde, a política é uma aprendizagem. "Face a situações concretas, vamos aprendendo como os diferentes atores se comportam. A atitude do mais alto Magistrado da Nação deve ser de diálogo e de cooperação, compreendendo e aceitando até alguns excessos, para garantir um bem maior que é a estabilidade institucional e a formação de políticas públicas para a solução dos ingentes problemas do país", concluiu José Maria Neves no post referido.