O desejo foi manifestado pelo ministro-adjunto do Estado dos Negócios Estrangeiros da Integração Africana e da Diáspora, Adom Kacou Houadja, e pelos ministros das Comunidades de Cabo Verde, Jorge Santos, e da Justiça, Joana Rosa, que terminam hoje uma visita oficial de quatro dias à Costa do Marfim.
De acordo com o Governo de Cabo Verde, o ministro das Comunidades abordou as políticas públicas para as comunidades cabo-verdianas no exterior, apresentando o programa de atribuição gratuita de nacionalidade aos descendentes, o mapeamento e o censo da diáspora do país, reforço do capital humano, e a promoção empresarial da diáspora como prioridades para o Governo de Cabo Verde.
Por sua vez, a ministra da Justiça pronunciou-se sobre a necessidade de um acordo a nível judicial entre os dois países, nomeadamente a nível de extradição e as várias ameaças como o tráfico de drogas e branqueamento de capital.
"Todos os cabo-verdianos aqui chegaram já faz quase um século e o povo da Costa do Marfim vai chegar a conhecer Cabo Verde num momento difícil. Agora estamos aqui para relançar a nossa cooperação, falar do presente e projetar o futuro em termos de desenvolvimento", afirmou Jorge Santos.
O governante costa-marfinense disse que os dois países assinaram uma dezena de acordos de cooperação, mas que nenhum funciona.
"Então decidimos revisitá-los e dar-lhes um conteúdo mais concreto, mais tangível, e fá-lo-emos em breve. Depois de ter consultado precisamente o chefe de Estado, o primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, enviando uma nota aos nossos colegas cabo-verdianos a marcar uma data em que possamos efetivamente revisitar estes acordos de cooperação entre as duas partes", afirmou o ministro da Costa do Marfim. A Semana com Lusa