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Cabo Verde eleva critério para empresas consideradas “grandes contribuintes” 22 Maio 2023

As autoridades tributárias cabo-verdianas vão passar a considerar como “grandes contribuintes” as empresas com um volume de negócios de 300 milhões de escudos (2,7 milhões de euros), conforme alteração à portaria de 2013 aprovada pelo Ministério das Finanças.

Cabo Verde eleva critério para empresas consideradas “grandes contribuintes”

De acordo com as regras anteriores, definidas pela portaria do Ministério das Finanças 55/2013, eram consideradas “grandes contribuintes” em Cabo Verde as empresas com um volume de negócios de 200 milhões de escudos (1,8 milhões de euros).

“O crescimento económico do país, não obstante a recessão económica dos últimos dois anos, faz com que cada vez mais empresas atinjam o critério de volume de negócios anteriormente definido”, lê-se na alteração à portaria, de 18 de maio, aprovada pelo ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, “volvidos dez anos e atendendo à recomendação do Tribunal de Contas de Cabo Verde”.

“Considerando a necessidade do alinhamento da gestão fiscal em consonância com a dinâmica económica do país, impõe-se a revisão do critério do volume de negócios que tinha sido estabelecido em 2013, data em que se institucionalizou a Repartição dos Grandes Contribuintes”, segundo o mesmo documento.

“Com efeito, adiciona-se aos critérios de seleção anteriormente estabelecidos, outros que se justificam pelas complexidades das respetivas operações e pela necessidade de um acompanhamento fiscal mais criterioso, bem como os contribuintes sob supervisão do Banco de Cabo Verde (BCV) e as empresas que se relacionam societariamente com os contribuintes que preenchem os requisitos de grandes contribuintes”, lê-se ainda no preâmbulo da alteração à portaria anterior.

Com esta alteração, passam ainda a ser diretamente consideradas “grandes contribuintes” entidades sob a supervisão do BCV e entidades que exerçam atividade de telecomunicações e produção e distribuição de água e eletricidade.

As empresas ativas em Cabo Verde atingiram o recorde de 11.404 em 2021, ultrapassando o registo anterior à crise económica provocada pela pandemia de covid-19, com o total de trabalhadores também a crescer, segundo dados oficiais.

De acordo com dados do Inquérito Anual às Empresas 2021, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde e divulgado em março passado, existiam então 11.404 empresas ativas no arquipélago, mais 2,6% do que no ano anterior e 2% acima face a 2019, já tendo em conta a queda registada nas empresas ativas em 2020, primeiro ano de pandemia.

No final de 2021, as empresas ativas em Cabo Verde empregavam 72.940 trabalhadores, correspondendo a um aumento de 2,2% comparativamente a 2020, e geraram um volume de negócios de cerca de 248 mil milhões de escudos (2.249 milhões de euros), uma subida homóloga de 6,6%.

Entre as empresas ativas no país no final de 2021 a maioria estava concentrada no setor do comércio (44%), no alojamento e restauração (16,7%) e na indústria transformadora (9,8%).

O setor do comércio continua a ser o maior empregador em Cabo Verde, com 23,4% do total, e também o que gera o maior volume de negócios, com quase metade do total em 2021.

A Semana com Lusa

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