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Cabo Verde quer conhecer cadeia de valor ligada ao atum e cavala preta que são espécies mais consumidas no país – director das Pescas 10 Junho 2023

O director nacional das Pescas e Aquacultura realçou esta sexta feira, no Mindelo, a necessidade de Cabo Verde conhecer toda a cadeia de valor ligada ao atum e à cavala preta, espécies mais consumidas no país.

Cabo Verde quer conhecer cadeia de valor ligada ao atum e cavala preta que são espécies mais consumidas no país – director das Pescas

Carlos Monteiro enfatizou a questão à imprensa, à margem do ateliê realizado hoje, no Mindelo, para lançamento da “Estratégia de Valorização da Pesca do Atum e da Cavala Preta em Cabo Verde para os próximos 10 anos”, implementado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em colaboração com o Ministério do Mar.

Conforme o responsável, está-se a falar de dois recursos “mais importantes” a nível económico e social do país e sendo assim, mostra-se também importante conhecer todo o circuito que caracteriza a comercialização, a captura, transformação e a própria exportação.

“Ter toda essa informação sistematizada, identificada, e também os constrangimentos e problemas, é claro que vamos ter condições de melhorar as decisões e estratégias, consolidar e tirar melhores resultados, eficiência e qualidade desses produtos”, acredita Carlos Monteiro.

O objectivo do projecto, segundo a mesma fonte, é optimizar e maximizar toda a cadeia de valor, desde captura, conservação, processamento destas que são, asseverou, as espécies mais capturadas e consumidas, representando “quase 50-60 por cento (%)” da captura do total nacional e também com expressão na exportação.

“Porque não vale a pena pescar em demasia, sacrificando os recursos, mas sim, pescar com qualidade, produtos com qualidade e a um preço competitivo”, reiterou Carlos Monteiro, adiantando que o ministério, juntamente com os parceiros sociais e os operadores deverão também encontrar meios para os encarar os desafios colocados a nível da formação, qualificação e também em termos tecnológicos.

A representante em Cabo Verde, Katya Neves, no acto de abertura do ateliê, reiterou igualmente o “papel importante” destas duas espécies na economia de Cabo Verde e ainda como parte da cultura cabo-verdiana.

Recorrendo a números, a responsável explicou que o atum representou “mais de 60%” das mais de 11 mil toneladas de captura de 2021, enquanto a cavala esteve incluída nos 16% dos pelágios capturados nesse mesmo período.

Quanto à exportação, Katya Neves assegurou que dos oito milhões de dólares das exportações de Cabo Verde, a cavala representa 41% e o atum 37%, ou seja, “quase 90%” do total das exportações nacionais.

Daí que, considerou, pretende-se delinear uma estratégia de dez anos, com intervenções necessárias para “melhorar o desempenho, sustentabilidade e viabilidade destas pescarias”.

A estratégia estava incluída no projecto “Cadeias de Valor de Peixes Sustentáveis para Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento” (SVC4SIDS) e que tem como objectivo, conforme os promotores, reconstruir e melhorar a saúde e a resiliência da pesca costeira e das comunidades dependentes da pesca nesses Estados insulares, reforçando a segurança alimentar e a nutrição e aumentando as oportunidades de subsistência com base na melhoria dos resultados da pesca.

Este projecto é financiado pelo Ministério dos Oceanos e Pescas da República da Coreia.

A Semana com Inforpress

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