A entrega aconteceu está quinta-feira, no armazém da Ficase, em Achada Grande, na Cidade da Praia, e contou com a presença da directora regional adjunto do Programa Alimentar Mundial (PAM), Eveline Etty, e do presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray.

Na ocasião, Eveline Etty considerou esta contribuição da CEDEAO como uma clara indicação de que se pode encontrar soluções locais e estratégicas para sistemas alimentares.
” O PAM está muito grato com esta solidariedade para as crianças cabo-verdianas e esperamos ver muito mais contribuições e compromissos regionais para combater a insegurança alimentar e a desnutrição na África Ocidental”, notou.

De acordo com Eveline Etty, com o seu programa nacional de alimentação escolar totalmente integrado num quadro jurídico e institucional sólido, Cabo Verde tem demonstrado a sua dedicação em colocar as crianças e os jovens no centro da sua visão para o desenvolvimento humano e económico.

Por outro lado, lembrou que em 2022 o PAM criou, em todos os países da CEDEAO,
aproximadamente duzentos mil empregos , principalmente para mulheres, que participam na preparação de alimentos e na embalagem.

” O PAM acredita que com um maior investimento e uma parceria reforçada com governos, instituições regionais e o sector privado, teremos programas de alimentação escolar mais sustentáveis em toda a África Ocidental”, concluiu.

Por sua vez, o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, disse que a organização estará sempre disponível para ajudar Cabo Verde e agradeceu ao Governo cabo-verdiano por tornar essa doação e parceria possível.

“A CEDEAO é a nossa organização regional e Cabo Verde é parte dessa comunidade e sempre que registamos qualquer necessidade estaremos sempre ajudar”, prometeu.

O secretário de Estado da Economia Agrária, Miguel da Moura, em representação do Governo, disse que este gesto da CEDEAO é um exemplo de uma parceria que Cabo Verde gostaria de fortalecer.

Para o governante o reforço das cantinas escolares é uma forma de melhorar o aproveitamento dos alunos e a ajuda às famílias, “num tempo difícil derivado de crises”.

De recordar que em 23 de Setembro de 2022 o Governo assinou uma carta de Entendimento com o PAM para apoiar o Programa Nacional de Alimentação Escolar e também na mobilização de ajudas junto dos parceiros internacionais.

“Estando o país a atravessar por uma crise inflacionista, com a subida dos preços dos produtos alimentícios e dos combustíveis, garantir o pleno funcionamento do Programa Nacional de Alimentação é prioritário para o Governo, que, até ao presente, já conseguiu mobilizar apoios do PAM, do Japão e da CEDEAO”, explicou o Governo em nota de imprensa.

A Semana com Inforpress