Fazia frio em Lisboa e José Brito, de casaco e cachecol, passeava no sábado, 12, com o filho pequeno junto ao Cais das Colunas, no Terreiro do Paço. De súbito um homem atirou-se ao rio Tejo.
Sem hesitar, o cabo-verdiano despiu-se e atirou-se à água fria do rio onde o homem já se afundara. Conseguiu agarrá-lo já inanimado e carregou-o nos braços até aos primeiros degraus do Cais das Colunas. Dois outros homens aproximaram-se prontos a ajudar, mas José sabia o que fazia e foi ele que prestou os primeiros-socorros ao homem inanimado.
Soube-se depois que o sexagenário — que "em desespero procurou o suicídio" — é um "escritor natural de Alcácer do Sal". Uma semana depois, o salvado do Tejo continua no hospital de São José. Mas está a recuperar bem.
Em Lisboa para transplante da medula
Segundo informações divulgadas esta semana, José Brito saiu do seu povoado onde se vive da pesca em busca da saúde. Teve a vida salva graças a um transplante de medula em Lisboa.
Presidente da República
Marcelo Rebelo de Sousa, que enalteceu o "exemplo de solidariedade humana e de coragem" do homem que salvou outro no rio Tejo, está a ser questionado nas redes sociais e nos comentários das notícias sobre se irá atribuir uma medalha a José Brito.
Alguns comentam acremente que "as medalhas são para os amigos" ou que "só são dadas para celebridades" e "não para os que merecem, como este homem que é um verdadeiro herói".
Fontes: TVI/Facebook/You Tube/videos na internet/Site da presidência.pt.