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Cai o pano da 12ª edição do Kriol Jazz Festival marcada pela atuação de Dee Dee Bridgewater 16 Abril 2023

Terminou ma mandrugada deste domingo, 16 de abril, a 12ª edição do Kriol Jazz Festival, com a brilhante atuação da grande artista norte-americana Dee Dee Bridgewater e sua banda, composta apenas por mulheres. Estas iniciaram a noite jazzística de 15 de abril e madrugada deste domingo, com fortes aplausos dos presentes no Largo da Praça da Escola Grande, no Plateau. A organização avalia positivamente o evento, apesar de ter registado uma menor adesão do público em comparação com a das edições anteriores.

Cai o pano da 12ª edição do Kriol Jazz Festival marcada pela atuação de Dee Dee Bridgewater

A estrela de jazz norte-americana Dee Dee Bridgewater e sua banda, composta por melhores e com contra-baixo, bateria e piano, fizeram mexer os participantes com músicas como “Permit Me To Introduce You To Yourserlf”, Pretty Eyes” e “Nica´s Dream “.

De seguida, a artista cabo-verdiana Lucibela tomou conta do palco com sua voz doce. Recebeu fortes aplausos da plateia que a acompanhava, cantando em uníssono músicas de sucesso da mesma, como “Mi é dode na bô Cabo Verde”. Esta cantora nacional interpretou sobretudo os repertórios dos seus dois trabalhos: “Laço Umbilical” e “Amdjer”.

Logo depois subiu ao palco a compositora e cantora francesa, que interpretou as sonoridades e tradições nigerianas: Rock and Roll e clássico do Soul. Asa, como é artisticamente conhecida, não deixou de receber também fortes aplausos e elogios do grande público presente.

Mas as atuações não ficaram por aqui. “Massa Bé” foi uma das composições apresentadas às pessoas pelo último grupo da noite a abrilhantar: Os Doctor Prats. Este grupo mais jovem, vindo da Barcelona, Espanha, dedicou à plateia ritmos dançantes com misturas de músicas tradicionais e eletrónicas.

Avaliação positiva do festival

Para o balanço do evento, a nossa redação conversou com o responsável da organização do certame, José “Djó” da Silva. Questionado sobre a adesão do público, respondeu que este ano alcançaram metade do que é de costume e que é claro vai impactar na sustentabilidade do evento. Acrescentou que não sabe dizer em que dimensão irá afetar, mas admitiu que isso será apurado somente após o balanço do certame.

“Os parceiros reclamaram haver pouco dinheiro para apoio devido a crise. Mas esperamos que em 2024 possamos voltar ao normal”, expressou. Em termos dos artistas que participaram no certame, Djó da Silva ressaltou que «são todos grandes artistas e pessoas que têm feito sucesso mundialmente. E o público gostou das suas atuações e para mim isto é muito bom”, concluiu.

Ouvida por este jornal, Ana Helena, um dos expetadores presentes, disse que gostou imensamente do evento. Dos artistas que subiram ao palco nesta última noite do Kriol Jazz, revelou que gostou mais da atuação da artista ASA da Nigéria.

Por sua vez, Ludmila Ferreira, que esteve na edição de 2019, destacou o ambiente tranquilo que o festival decorreu e a segurança registada, que, segundo ela, mereceu a nota 10. Em termos dos preços dos bilhetes, disse, no entanto, achar que ficou um pouco elevado, tendo em conta o aumento drástico do custo de vida registado ultimamente. Esta entrevistada acredita, porém, que o valor praticado para o acesso aos espetáculos pode ter sido condicionado pelos custos que a organização teve que assumir para realizar o FKJ. Enfatizou ser pena não ter mais festival do género, pois dinamiza muito a economia na cidade da Praia.

Kriol Jazz Festival na ilha do Sal

O Kriol Jazz chega assim ao seu fim após três dias de muita música ( 13, 14 e 15 de abril), em que passaram pelo palco dez artistas, representando oito países: Senegal, Gabão, Mali, Nigéria, Espanha, Estados Unidos, Brasil e Cabo Verde.

Agora a organização prepara-se para realizar mais edição do Kriol Jazz Festival na ilha do Sal, prevista para os dias 7 e 8 de julho próximo.

De recordar que o evento, que regressou após três anos de interrupção devido à pandemia da covid-19, homenageou o artista Frederico “Nhonhô” Hopffer Almada, falecido aos 66 anos, em 01 de janeiro deste ano, na cidade da Praia.

Em 2014, o KJF foi nomeado pela revista Songlines como um dos melhores 25 festivais do mundo e já é parte do calendário cultural e turístico da cidade da Praia e de Cabo Verde, tendo colocado o país na rota da ‘world music’, conforme avança a organização.

O Festival orçado em 28 mil contos tem como parceiro principal a Câmara Municipal da Praia. Contou ainda, pela primeira vez, com o financiamento do Governo de Cabo Verde através do fundo de turismo, além de outros parceiros privados.

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