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Candidatos gastaram 1,6 ME na campanha às presidenciais cabo-verdianas de 2021 16 Maio 2023

Os candidatos às eleições presidenciais cabo-verdianas de 2021 gastaram pelo menos 1,6 milhão de euros com as campanhas e o Estado atribuiu 1,1 milhão de euros em subvenções, segundo dados da CNE compilados hoje pela Lusa.

Candidatos gastaram 1,6 ME na campanha às presidenciais cabo-verdianas de 2021

De acordo com os editais das contas validadas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de cinco dos sete candidatos às sétimas eleições presidenciais cabo-verdianas, de 21 de outubro de 2021, publicados entre julho de 2022 e maio de 2023, estes gastaram no total 176,5 milhões de escudos (1,6 milhão de euros) em despesas de campanha e o Estado atribuiu, a dois, 128 milhões de escudos (1,1 milhão de euros) em subvenções.

José Maria Neves, que foi eleito Presidente da República nessas eleições à primeira volta, com 96.035 votos (51,7%), apresentou à CNE despesas totais das contas da campanha eleitoral de 77.519.160 escudos (703 mil euros). Segundo o edital publicado este mês pela CNE, as contas do atual Presidente da República foram aprovadas em 21 de abril e recebeu em subvenção estatal de 750 escudos por cada voto, totalizando um apoio de 71.128.633 escudos (645 mil euros).

Por seu turno, Carlos Veiga, igualmente antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, o primeiro candidato presidencial com as contas validadas pela CNE e o segundo mais votado naquela eleição (42,4%), foi o que mais gastou em campanha - a sua terceira campanha para tentar a eleição para Presidente, depois de falhar a eleição também em 2001 e 2006 -, com despesas totais de 2021 superiores a 92,3 milhões de escudos (843 mil euros), tendo recebido uma subvenção líquida no valor de 56,9 milhões de escudos (520 mil euros), face aos 78.603 votos expressos em urna, segundo o edital de 15 de julho de 2022.

De acordo com o Código Eleitoral, só têm direito a subvenção do Estado os candidatos presidenciais que tenham obtido pelo menos 10% dos votos expressos em urna, casos apenas de José Maria Neves (51,7%) e do Carlos Veiga (42,4%).

O segundo candidato presidencial com as contas validadas e terceiro mais votado nas eleições presidenciais de 2021 foi Casimiro Pina, que obteve 1,8% dos votos e de acordo com o edital da CNE de 08 de agosto passado, consultado pela Lusa, apresentou despesas totais de campanha de 204.554 escudos (1.850 euros), financiadas, nomeadamente, por um empréstimo e donativos, no total de 273.364 escudos (2.475 euros).

À semelhança dos restantes candidatos, Casimiro Pina não teve direito a subvenção do Estado por ter obtido menos de 10% dos votos nas eleições.

Num outro edital, de 24 de agosto de 2022, a CNE validou as contas da candidatura de Fernando Rocha Delgado, o quarto mais votado e o terceiro com contas aprovadas, que apresentou despesas totais de campanha de 412.140 escudos (3.730 euros). Já Hélio Sanches, outro dos candidatos com as contas validadas pela CNE em 21 de abril de 2023, gastou na campanha eleitoral 6.156.816 escudos (55,8 mil euros) para um total de financiamento angariado de 7.151.009 escudos (64,8 mil euros), conforme o edital publicado em 10 de maio.

Até ao momento ainda não conhecidas as contas de campanha de Gilson Alves e Joaquim Monteiro, os menos votados nas eleições de 2021, respetivamente com 0,8% e 0,7% dos votos. A Semana com Lusa

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