O prémio para inéditos no domínio da prosa literária foi criado em 2017 pela editora lusa INCM-Imprensa Nacional Casa da Moeda, "no âmbito da sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa", e justifica-se "pela relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique, mas também como seu autor".
O concurso anual é aberto a cidadãos moçambicanos ou a residir em Moçambique há mais de cinco anos. Além de uma componente pecuniária, no valor de 5.000 euros, o prémio contempla igualmente a publicação da obra distinguida em cada edição.
O júri é formado pelo escritor Mbate Pedro, a diretora da Fundação Fernando Leite Couto, Sara Laisse, e Paula Mendes, editora-chefe do INCM-Portugal.
Nas edições anteriores foram distinguidas as obras "Mundo Grave", de Pedro Pereira Lopes, "Saga d’Ouro", de Aurélio Furdela, "A Ilha dos Mulatos", de Sérgio Simão Raimundo, e "Marizza", de Mélio João Tinga.
Nas cinco edições foram atribuídas menções honrosas aos trabalhos "Bebi do Zambeze", de António Manna, "Sonhos Manchados, Sonhos Vividos", de Agnaldo Bata, "O homem que vivia fugindo de si", de Japone Agostinho, "O amor que há em ti", de Néusia Pelembe, e "Eva", de Léo Cote.
5ª edição sem prémio
De um total de 23 obras candidatadas, na edição de 2021 não foi premiado nenhum concorrente. O júri entendeu que nenhuma apresentava "padrões literários exigidos".
Igualmente destaca-se que "não serão aceites candidaturas de concorrentes
que já tenham sido distinguidos com o Prémio em edições anteriores deste concurso" (artigo 13 do regulamento). Contraste-se com o "Prémio Portugal Telecom de Literatura" e desde 2014 designado "Oceanos" que distinguiu três vezes o autor português Gonçalo M. Tavares.
Fontes: Camões.pt/Lusa/INCM.pt