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China sob canícula 52,2 ºC e a pergunta ’Onde está o MNE?’ — Wang Yi substitui Qin Gang 26 Julho 2023

No mesmo dia 18 em que a China registou o recorde histórico de 52,2 ºC, o país esteve no ápice da atualidade mediática dado o estranho desaparecimento durante um mês do ministro dos Negócios Estrangeiros. Qin Gang de 57 anos deixou de ser visto desde o encontro com o seu homólogo Antony Blinken em junho, isto num momento sensível das relações entre os dois países. Estranhou-se em especial a censura online a comentários sobre o facto.

China sob canícula 52,2 ºC e a pergunta ’Onde está o MNE?’ — Wang Yi substitui Qin  Gang

O mistério sobre o paradeiro do ministro dos Negócios Estrangeiros — figura obrigatória nos encontros entre responsáveis de alto nível dos EUA e da China — manteve-se até esta terça-feira, em que Pequim anunciou a demissão de Qin Gang até há pouco a estrela montante da República de Xi Jinping.

Esta terça-feira, um comunicado oficial anuncia o que a Comissão Permanente do Congresso Nacional Popular, órgão decisório do parlamento chinês decidiu. Sem apresentar qualquer justificação para a decisão.

Seguiu-se a informação pelo Xinhua, órgão oficial, de que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros é Wang Yi, um veterano da diplomacia.

Censura. A imprensa da referência destacou que a rede social Weibo, uma equivalente das redes sociais Facebook e afins ociedentais proibidos na China — tem zero ocorrências em resposta à pergunta sobre Qin Gang. Também o jornalista Phil Cunningham partilhou no Twitter que escreveu um artigo sobre as relações EUA-China. O artigo foi escrito para o South China Morning Post, mas o jornal retirou as cinco frases sobre o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros. Desapareceram, sem aviso ao autor do artigo.

Caiu estrela da diplomacia chinesa

A foto com Blinken terá sido a última vez que o ministro — embaixador nos EUA até 2021 e próximo do presidente Xi Jinping — apareceu em público.

Este mês Qin Gang não esteve com responsáveis dos EUA, como a secretária de Estado do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que esteve em Pequim a falar com líderes político-económicos chineses. Ou no último domingo com John Kerry, que foi à China tratar de "assuntos climáticos".

"Motivos de saúde". Ausente esteve também de uma cimeira na Indonésia, o que foi justificado por um lacónico "Motivos de saúde", justificou um porta-voz.

Fontes: AFP/Le Monde/ Guardian.uk/ NY Times. Relacionado: França: 45,9ºC à sombra faz soar alerta vermelho – Pior que recorde de 44,1ºC que matou milhares de franceses em 2003, 29.jun.2019. Foto: Na China, os meses de junho e julho foram extremos, dada a canícula e a censura a toda e qualquer referência sobre o paradeiro do ministro dos Negócios Estrangeiros, figura obrigatória nos encontros entre responsáveis de alto nível dos EUA e da China. Esta terça-feira, Pequim anunciou a demissão de Qin Gang, a estrela montante da República de Xi Jinping.

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