Segundo a agência noticiosa do Bangladesh, tudo começou em outubro de 2009 com uma adolescente do Bangladesh a viajar até à Índia com a promessa de um emprego. Mas o que encontrou foi o pesadelo: em vez de um trabalho digno, bem pago, fecharam-na num bordel (como a da foto inserida à esqª e cuja localização foi apagada do relatório). Shahin Sheikh e a esposa tinham-na vendido para a prostituição.
A família da adolescente alarmou-se quando não teve notícias dela. Chegaram à fala com Shahin Sheikh, que lhes exigiu dinheiro — 20 mil taka (c. 25 mil CVE) — "se queriam tê-la de volta".
O caso foi denunciado e a 20 de janeiro seguinte (2010) o investigador Ashim Kumar, do Tribunal de Prevenção da Repressão de Mulheres e Crianças, deu por provados os factos de tráfico humano e lenocínio e apresentou acusação contra o casal, relatou esta semana o Dhaka Tribune.
Treze anos depois, o tribunal de Khulna (foto no canto inferior d.to) condenou o casal à pena máxima, pela qual serão executados. A pena capital vigora no Bangladesh, que em 1971 obteve a independência perante o Paquistão — vinte e três anos após o fim do Império Britânico e a independência da Índia, esta no topo dos países democráticos que aboliram a pena capital.
In absentia
O final feliz da justiça vencedora ainda está longe: o duo unido também no crime está foragido — desde quando não é indicado, porque também esse dado não consta das informações (aliás, incompletas).
Fontes: Bangladeshi news agency-UNB/Dhaka Tribune /Sun.co.uk. Fotos: Em 2 anos, autoridades do Bangladesh foram buscar à Índia uma centena de vítimas de tráfico — a 5ª vez, em 26 de março (41º ano da independência), resgataram 14 mulheres e nove crianças.