A par do caso Sharon, Sokols vai mais longe, ao pedir aos cabo-verdianos para se indignarem também perante várias outras práticas menos boa que vêm sendo seguidas pelo actual executivo de Ulisses Correias e Silva. «Indignemos contra todas as corrupções e compadrios que desviam as ajudas internacionais para a população necessitada a favor das despesas em carros de alta gama, viagens e conferências ministeriais em Paris. Indignemos contra as sucessivas governações incompetentes e corruptas que estão a hipotecar o futuro de Cabo Verde. Indignemos contra um sistema que está a destruir o acesso universal ao direito à saúde como dita a constituição da República de Cabo Verde», enumerou.
Diante de tudo isto, o Sokols observa que já se sente vergonha por ter permitido que Cabo Verde chegou a esse ponto. «Sentimos vergonha por ter permitido que o país chegasse a esse ponto, mas não descansaremos enquanto Cabo Verde não entrar no caminho de um país mais equilibrado, harmonioso e justo, onde TODOS tenham acesso igual à SAÚDE, HABITAÇÃO e EDUCAÇÃO!».
Voltando ao caso da morte da Sharon Lopes, que deseja descanso em paz, o Sokols 2017 defende que o ministro da Saúde Arlindo do Rosário devia demitir-se do cargo. «Se este país tivesse alguma decência, o ministro da Saúde punha o seu cargo à disposição imediatamente», conclui o movimento cívico presidido por Salvador Mascarenhas, cuja última manifestação realizada a 05 de Julho deste ano - contra o isolamento de Mindelo e por mais autonomia da ilha - contou com mais de 15 mil pessoas.