"Um total de 130 pessoas morreram e 77 ficaram feridas, 36 das quais estão hospitalizadas", disse François Habitegeko, governador da província ocidental, a zona mais afetada do país, citado pela agência Efe.
De acordo com o governador, 5.147 casas foram arrastadas pelas cheias, enquanto 2.500 ficaram danificadas, a maioria no distrito de Rubavu, na província ocidental.
"Entre as propriedades destruídas, 22 instalações de saúde foram severamente danificadas", acrescentou Habitegeko.
Das 130 vítimas, 13 foram sepultadas na quinta-feira, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro ruandês, Edouard Ngirente, em nome do Presidente, Paul Kagame.
Durante a cerimónia, Ngirente disse que o Governo está a coordenar a resposta de emergência, incluindo a retirada e a deslocação temporária dos residentes das zonas afetadas e de alto risco durante o período das chuvas.
A estação das chuvas representa um perigo num país com muitas encostas como o Ruanda, a maior parte das quais são habitadas e utilizadas para o cultivo.
Esse risco é maior neste mês de maio, uma vez que a Agência Meteorológica do Ruanda avisou que a precipitação será ligeiramente superior aos níveis normais em muitas partes do país.
O Ministério da Gestão de Emergências (Minema) anunciou recentemente que, entre janeiro e 20 de abril, desastres naturais semelhantes mataram 60 pessoas, destruíram mais de 1.205 casas e danificaram 2.000 hectares de terra em todo o país.
Nos últimos quatro meses, 158 pessoas ficaram feridas, 44 escolas foram destruídas, 12 estradas foram destruídas e as chuvas danificaram 91 pontes em todo o país.
De acordo com as estatísticas, o Ruanda perde 200 mil milhões de francos ruandeses (mais de 163 milhões de euros) por ano devido a catástrofes naturais.
Nos últimos cinco anos, a província do norte foi atingida por catástrofes naturais mais de 1.500 vezes e as inundações mataram 201 pessoas e mais de 4.000 cabeças de gado, além de destruírem mais de 5.000 casas.
A Semana com Lusa