Fonte da empresa indicou que “no âmbito das políticas para eficiência energética traçadas pelo Governo de Cabo Verde e pela Electra”, em parceria com a Câmara Municipal de São Filipe, “está em fase de implementação já avançada, o projeto de substituição de 97 candeeiros de vapor de sódio para candeeiros LED de 42 watts”, visando “a modernização e maior eficiência energética”.
Até ao momento, segundo a mesma informação, já foram instaladas 84 luminárias LED, faltando uma localidade do município, onde decorrem trabalhos de substituição de postes de madeira e uma outra localidade com obras de requalificação.
“Pelo que aguardamos a conclusão dos trabalhos de requalificação para a finalização do projeto em LED”, refere a Electra.
Esta empreitada “dá continuidade ao projeto de melhoria substancial na eficiência do sistema de iluminação pública com as luminárias LED já instaladas” nas cidades da Praia, Mindelo, Santa Maria - ilha do sal, Ponta do Sol – Ribeira Grande e Porto Novo - Santo Antão, Tarrafal de são Nicolau, Santa Catarina do Fogo, Calheta e nas localidades rurais da ilha de Santo Antão, casos de João Bento e Ponte Sul/Chã de Mato, no interior do concelho do Porto Novo.
O Governo cabo-verdiano anunciou anteriormente que tem planos para várias candidaturas à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla inglesa), como é o caso da cidade de São Filipe (ilha do Fogo), entre outros.
A Lusa noticiou em novembro passado que Cabo Verde pretende substituir no próximo ano todas as lâmpadas convencionais de iluminação pública por equipamentos LED e com isso cortar em quase 40% aquele consumo anual de energia em todo o país, segundo o Governo.
Em causa está um projeto de sete milhões de escudos (63 mil euros) de investimento, inscrito no Orçamento do Estado para 2023, de promoção da eficiência energética, com implementação do plano de promoção da eficiência no consumo de energia elétrica e redução dos custos de contexto, conforme referem documentos de apoio.
Um desses objetivos, lê-se nos documentos orçamentais para 2023, consiste na substituição de lâmpadas convencionais por LED em todos os pontos de iluminação pública do país. O Governo estima que com o sistema integralmente com lâmpadas LED, o consumo anual de energia na rede de iluminação pública será reduzido dos 14,5 gigawatt-hora (GWh) atuais para 9,1 GWh.
“Essa redução de 5,4 GWh representa uma poupança anual de 1.190 toneladas de combustível na produção de eletricidade”, acrescenta-se na proposta orçamental, sobre este projeto.
Quase 82% da eletricidade produzida em 2021 em Cabo Verde pela Electra foi garantida através de centrais térmicas, mas mais de um quarto foi dada como perdida, ficando por faturar, segundo o relatório e contas do grupo estatal.
De acordo com o documento, que a Lusa noticiou anteriormente, o grupo Electra produziu em 2021 um total de 441,6 GWh de energia, sendo 81,7% de origem térmica, 16,7% eólica e 1,5% solar.
Globalmente, trata-se de um aumento de produção de 5,3%, face a 2020, impulsionado pelo parque eólico do grupo em São Vicente, em 15,4%, e pelos dois parques solares (Santiago e Sal), em 4,5%, enquanto as 14 centrais térmicas espalhadas pelo arquipélago produziram mais 3,5%.
O Governo cabo-verdiano aprovou um plano que prevê a meta de 30% de produção de eletricidade através de fontes renováveis até 2025 e mais de 50% até 2030, face aos atuais cerca de 20%, essencialmente produzida através de parques eólicos, incluindo os de operadores externos ao grupo Electra.
A empresa destaca que as perdas de eletricidade globais, técnicas e não técnicas - sobretudo furto -, em todo o país, atingiram em 2021 os 112,432 GWh, representando 25,5% da produção, ainda assim uma descida face aos 26,1% dados como perdidos em 2020.
A Semana com Lusa