Depois de um intensivo curso, as 20 selecionadas vão receber Carteira de Aptidão Profissional (CAP), de forma a empoderá-las para inserir ativamente no mercado de trabalho, como condutoras profissionais de Táxis.
De salientar, que em Cabo Verde o serviço de táxi é exercido até agora, exclusivamente, por homens e varias razões podem estar por detrás deste facto, nomeadamente a segurança e o horário em que é exercido esta atividade.. Realça-se que, em termos legais, na Constituição da República de Cabo Verde (CRCV) está consagrada a igualdade de mulheres e homens perante a lei, assim como a não discriminação em função do sexo. “Ao mesmo tempo, a Constituição assume que o Estado deve criar condições para a eliminação dos fatores que impedem o avanço económico das mulheres”, lê-se numa nota enviada a este diário digital.
A questão da igualdade de género tem vindo a ser abordada com crescente abrangência e visibilidade. Essa abordagem tem sido refletida nos sucessivos planos de ação de promoção da igualdade, permitindo identificar e estruturar um conjunto de áreas estratégicas de intervenção, que abarcam desde aspetos ligados às questões do acesso à saúde, educação, violência doméstica, representatividade política e ao empoderamento económico.
Contudo, na vertente empreendedorismo, apesar do esforço coletivo para a promoção e criação de iniciativas que dignificam o trabalho das mulheres, continua a ser um desafio permanente para a igualdade do género, tendo em conta que muitos setores de atividades são ainda ocupados esmagadoramente por homens.
“Acredita-se também que pode ser por algum tabu ainda existente, de que o sexo feminino é o ser mais frágil, a profissão de taxista tem sido uma ocupação eminentemente masculina”, diz a Presidente do ICIEG, Rosana Almeida, em comunicado.