O primeiro-ministro português disse na sua intervenção que é preciso “compreender qual é a natureza da NATO", "uma aliança defensiva e dos membros que a integram e, portanto, não pode agir nem ofensivamente contra países terceiros nem fora do território".
Agir fora desse âmbito só iria "elevar a escalada deste conflito", pelo que apelou a que perante "provocações" de Putin "as democracias devem saber responder com determinação, força e serenidade".
O posicionamento de António Costa surge em resposta a mais um dos vários pedidos de apoio militar à NATO, por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, hoje por videoconferência dirigindo-se aos líderes da Aliança Atlântica.
Costa reconhece que "é sempre, obviamente, muito difícil do ponto de vista emocional ter este diálogo com o presidente Zelensky", interlocutor "que está sob fogo, que está sob ameaça de vida e que está em combate e que pede o apoio".
Continuar a apoiar
O primeiro-ministro salientou que os membros da aliança vão continuar a "do ponto de vista bilateral, reforçar o apoio à Ucrânia, em material humanitário, militar — quer letal, quer não letal — e no acolhimento humanitário”.
“O reforço da capacidade de dissuasão da Aliança Atlântica na sua frente leste é também uma mensagem muito clara para a Rússia, porque se [o regime russo] pretendia ver na Ucrânia um balão de ensaio para outras expansões, não é recomendável, e se pensava que com esta ofensiva dividia a União Europeia ou a NATO falhou completamente e […] hoje estamos mais unidos do que nunca", rematou António Costa.
Fontes: RTP/Sapo.pt