A segunda edição do Prémio Garantia Comunidade foi lançada no passado mês de Abril, contou com a participação de dez candidaturas das ilhas de Santiago, São Vicente e Fogo, que foram sujeitas a uma “análise rigorosa” do Júri.
Cinco projectos foram selecionados cinco projetos, sendo três na área de inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente e duas em prevenção em saúde.
As associações vencedoras são Associação Comunitária de Achada Eugénio Lima, com o projecto em prevenção e saúde, tendo recebido um prémio pecuniário de 350 mil escudos, a Associação Novos Amigos do Mindelo, no projecto também sobre saúde com o montante de 747.200 escudos.
A Associação cabo-verdiana de Promoção, Inclusão de Mulheres com Deficiência, por seu lado, foi contemplada com o prémio de 999.247 escudos, Associação Fogo Solidário com projecto de inclusão social, pessoas com deficiência, com prémio de 795 mil escudos e, por fim, a Associação das Famílias e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar) que recebeu um prémio no valor de um milhão de escudos.
O presidente do conselho de administração da Garantia, Eugénio Ramos, vincou que esta iniciativa assume uma postura de intervenção social na óptica da sustentabilidade, “crescentemente assumida” pela Garantia.
Recordou a primeira experiência realizada no ano passado, sublinhando que hoje testemunha-se a continuação deste processo, desta vez tendo como tema a inclusão social de pessoas com deficiência e de prevenção em saúde, com especial foco na infância, destinada ao apoio de organizações frequentemente tão carenciadas em recursos humanos e financeiros.
“Este segundo Prémio Garantia Comunidade é o resultado da conjugação de contributos variados cuja a referência se afigura de mais elementares justiças (…)”, concretizou a mesma fonte.
Para a Associação das Famílias e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar), uma das vencedoras, este prémio tem um significado “bem grande”, por ser o reconhecimento de todo o trabalho que a associação tem vindo a fazer ao longo dos 15 anos de existência.
“Este prémio vai permitir à associação, no próximo ano, reforçar as intervenções, principalmente na área da inclusão e da reabilitação das crianças e jovens com paralisia cerebral”, sublinhou a presidente da Acarinha, Teresa Mascarenhas.
Com este prémio, informou, a Acarinhar vai implementar em São Lourenço dos Órgãos um centro de reabilitação para atendimento, reabilitação e habilitação de crianças e jovens com deficiência, que servir aquela comunidade, ainda sem esta valência.
Para além de apoiar pessoas com deficiência, vai auxiliar a comunidade em outras patologias, disse Teresa Mascarenhas, avançando que o montante não é o suficiente, mas que a associação vai mobilizar parceiros nacionais e internacionais para concluir este projecto com toda dignidade.
A Semana com Inforpress