Conforme noticia a ONU NEWS, este ano o Dia Internacional da Mulher, que é celebrado a 8 de março, tem como lema, “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero”.
Em mensagem sobre a data, o Secretário Geral da ONU, António Guterres destaca que este ano o lema da data é um “chamado à ação” sobre direitos das mulheres, incluindo a proteção contra a exploração e abuso sexual.
Ainda de acordo com a ONU NEWS, Guterres ressaltou avaliações da ONU Mulheres, apontando que com a exclusão das mulheres da esfera digital foi perdido um trilhão de dólares ao Produto Interno Bruto dos países de baixa e média rendas na última década. "As perdas podem chegar a 1,3 trilhões até 2025", cita.
O líder das Nações Unidas pediu o fim da exclusão digital e incentivou a representação de mulheres e meninas na ciência e na tecnologia. Para ele, quando as mulheres estão sub-representadas no desenvolvimento de novas tecnologias, a discriminação pode emergir desde o início.
Guterres observa que, embora a tecnologia possa abrir os caminhos para a educação e oportunidades para mulheres e meninas, ela também pode ser usada para ampliar o abuso e o ódio.
Atos hostis contra as mulheres
A ONU NEWS escreve que o acesso delas é desencorajado por um ambiente hostil no setor tecnológico: em média, as mulheres recebem 21% menos do que os homens, suas taxas de promoção são consideravelmente mais baixas e quase metade relata assédio no local de trabalho.
A ONU cita estudos, mostrando diferenças nesses campos, com apenas 22% de trabalhadoras atuam na inteligência artificial. Em análise global nesse setor, cerca de 44% das profissionais afirmam ter sofrido preconceito relacionado ao gênero, de um total de 133 sistemas analisados.
Esforço de governos, ativistas e setor privado
Com base nestes dados, a ONU também enfatiza a urgência em melhorar o ambiente online e ampliar o acesso a mulheres e meninas à rede.
Entre exemplos de iniciativas nesse sentido estão um projeto juvenil com apoio da ONU Mulheres. "O WeRise foi criado por 100 jovens do Egito, Líbano, Jordânia, Marrocos, Tunísia e territórios palestinos e se apresenta em árabe, inglês e francês", cita a mesma fonte.
Perante tal preocupação, a ONU Mulheres pede o esforço redobrado de governos, ativistas e do setor privado em ações por um mundo digital mais seguro, inclusivo e igualitário. "A expectativa é criar um futuro melhor para mulheres e meninas, em meio a várias crises globais para favorecer a humanidade e a vida no planeta", escreve a nossa fonte.