A temática deste ano visa alertar as pessoas que estão sem saneamento às consequências sociais, económicas e ambientais da inação das autoridades responsáveis.
Conforme os dados que este diário digital teve acesso, uma em cada três pessoas não dispões de casa de banho que assegure boas condições de higiene e segurança.
Situação em Cabo Verde
Segundo dados indicados pelo inquérito Multi-objetivo continuo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no ano 2018, indicam que 82,2% dos agregados familiares de Cabo Verde têm acesso a instalações sanitárias.
Refere-se ainda que a fossa séptica é a principal fonte de evacuação das águas cinzas. O acesso ao saneamento básico (rede de esgoto) está concentrado nas áreas urbanas, designadamente Mindelo, Praia, Sal, Tarrafal, Pedra Badejo e Calheta, onde a cobertura é de 80,7%.
Conforme esses mesmos dados divulgados pela Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), 17,1% das famílias não têm acesso a uma sanita (11,4% no meio urbano e 29,7% no meio rural). 54,9% das sanitas estão ligadas a fossas sépticas e 26,8% à rede pública de esgoto, havendo ainda 6,5% de famílias que declararam partilhar as instalações sanitárias com outra família.
Revela a mesma fonte que as localidades de Santa Cruz (41,6%), Ribeira Grande de Santiago (40,9%) e São Miguel (38,6%) são os municípios que apresentam maiores taxas de agregados familiares sem acesso às instalações sanitárias.
Por outro lado, nas ilhas do Sal (2,8%), Brava (4%) e Maio(4,6%) apresentam menores taxas de agregados sem casa de banho.
Mundo: 4 bilhões de pessoas sem casa de banho
Entretanto, é recordar que o Dia Mundial das casas de Banhos foi oficialmente reconhecido pelas Nações Unidas em 2013. Tudo como o fim para alertar a população para o facto de mais de 4,2 bilhões de pessoas no mundo não terem acesso a uma casa de banho limpa, segura e privada.