LUSOFONIA

A SEMANA : Primeiro diário caboverdiano em linha

Congresso brasileiro toma posse, com eleiçao de líderes que definem relação com governo 01 Fevereiro 2023

Os eleitos da Câmara dos Deputados e o Senado, as duas casas legislativas do Congresso brasileiro, assumem hoje os seus mandatos e elegem as respetivas direções, um escrutínio que irá definir a coabitação com o Governo do Presidente Lula da Silva.

Congresso brasileiro toma posse, com eleiçao de líderes que definem relação com governo

Desde antes da posse, Luís Inácio Lula da Silva trabalha para fixar na sua base parlamentar de apoio membros das siglas do ‘centrão’ - partidos de centro e direita que formam maioria do legislativo - e decidiu apoiar as recandidaturas dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nas eleições internas do Parlamento.

Segundo analistas contactados pela Lusa as reeleições de Pacheco e Lira estão praticamente asseguradas, mas no Senado a ascensão da candidatura do ‘bolsonarista’ Rogério Marinho gerou alguma incerteza e pode representar um grande problema para o novo Governo.

Com uma eventual eleição de Marinho, a presidência do Senado, um defensor de projetos da extrema-direita como a abertura de processos contra juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), representará um fortalecimento de Bolsonaro e seus apoiantes e o surgimento de um grande problema para Lula da Silva e sua equipa aprovarem projetos no poder legislativo.

Vencerá a eleição no Senado o candidato com 41 ou mais votos de um total de 81 senadores. A disputa pode ser resolvida com uma ou em duas voltas, dependendo de o vencedor alcançar estar marca na primeira ou na segunda votação dos parlamentares que acontecerá de modo secreto.

Na Câmara dos Deputados, a eleição de Lira é dada como certa e desde a eleição o Governo brasileiro decidiu apoiar o deputado que era aliado de Bolsonaro temendo passar por problemas semelhantes ao que já enfrentou nesta casa legislativa onde, por exemplo, o processo de destituição da ex-presidente Dilma Rousseff avançou até ser confirmado no Senado.

A votação na Câmara dos Deputados também é secreta e só pode ser iniciada se houver quórum de 257 parlamentares, ou seja, metade mais um do total de deputados que é 513.

Vencerá a eleição na Câmara dos Deputados o candidato com maioria dos votos. A disputa também pode ser resolvida em uma ou em duas voltas, dependendo de o vencedor alcançar a metade na primeira ou na segunda votação dos parlamentares.

No geral, o novo Parlamento brasileiro tem um perfil conservador dominado por sigla de centro-direita como o Partido Liberal (PL), União Brasil, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Social Democrático (PSD), o Progressistas (PP) e o Republicanos e uma frente de esquerda que apoia o Governo, que é minoritária.

O PL de Jair Bolsonaro saiu reforçado nas eleições gerais realizadas em outubro passado, conseguiu eleger 99 dos 513 deputados federais eleitos, contando ainda com 13 senadores (de um total de 81).

Já o Partido dos Trabalhadores (PL) de Lula da Silva é a segunda força com 68 deputados. As siglas de esquerda que apoiam Lula da Silva somam apenas 124 membros na Câmara dos Deputados e formam uma bancada também minoritária no Senado.
A Semana com Lusa

Os artigos mais recentes

100% Prático

publicidade


  • Mediateca
    Cap-vert

    Uhau

    Uhau

    blogs

    Copyright 2018 ASemana Online | Crédito: AK-Project