Em declaração a este jornal, o subgerente do Supermercado Calú & Âgela, Sky Gomes, revela que, em relação ao período inicial da pandemia Covid-19 no ano passado, a aderência de pessoas foi maior, isto porque, para além de comprarem artigos para a ceia de Natal, adquiriram também grande quantidade de produtos para fazerem o estoque dos mesmos em casa.
Referindo-se à esta época festiva, ressaltou que, até os dias 21 e 22 deste mês, o movimento nas vendas foi menor e não teve tanta aderência de pessoas. Isto, segundo ele, porque os cabo-verdianos deixam quase tudo para a última hora, (23/24). Admitiu que isso vai dificultar um pouco o trabalho dos funcionários, devido à aglomeração de pessoas no supermercado.
“O que vai ser feito nestes dias é um trabalho reforçado e redobrado para que as regras de distanciamento sejam compridas”, sublinhou o entrevistado do Asemanaonline.
Mas Sky Gomes considera que o Natal supera o Covid-19, uma vez que o espírito Natalício é, conforme ele, maior que qualquer pandemia.
Já ao contrário do Supermercado Calú & Ângela, o Subgerente da Loja Samsung, Edson Martins em Palmarejo, declarou que nas primeiras semanas deste mês de dezembro houve pouca aderência de pessoas nas compras, mas assegurou que aumentou um pouco a movimentação na loja nesta última semana natalícia.
Em relação ao ano anterior, Edson reportou que houve maior aderência de pessoas na loja e na compra de produtos, uma vez que, muitos limitam a sair de casa por causa desta pandemia. Por isso, revelou que alguns aproveitam para fazer compras online.
Relativamente às restrições impostas no quadro da pandemia de coronavírus , o subgerente salientou que a loja Samsung por ser electrónica não aglomera muitas pessoas, mas afirmou que mesmo assim têm comprido todos as regras de contingências decretadas pelo Governo, nomeadamente o uso do álcool gel, informações logo à entrada e o distanciamento social.
No que tange ao preço, Edson Martins revelou que a loja Samsung fez um grande esforço para colocar um preço mais acessível nos produto. "Por causa da crise causada pela pandemia, a loja viu a necessidade de colocar um preço relativamente acessível aos produtos", fundamentou.
Já a consumidora Ana Mafalda avançou ao Asemanaonline que, por ser de São Vicente, uma ilha que celebra o Natal em grande com a tradicional a ceia, não deixaria esta data passar em branco, mesmo com a situação da pandemia. "Portanto, o que se deve fazer é respeitar sobretudo as regras do distanciamento". garantiu.
Mas a reportagem deste jornal não fica por aí. Teresa do Rosário declarou, por seu turno, que a pandemia não vai abalar o espírito Natalício, dado que sempre celebrou o Natal. Segundo faz questão de realçar, é nesta época que " vê a família toda reunida em um ambiente de Paz, amor e alegria".
Numa situação bem diferente está Maria de Lurdes, que por causa desta pandemia de covid-19 perdeu o seu trabalho. Por isso, revelou que de momento não pensa gastar o pouco que tem na festa, a não ser o básico com os alimentos essenciais. Lurdes avançou ainda que, devido a Covid-19, será difícil celebrar o Natal em família, por ter em casa o seu pai que pertence a grupo de riscos.
Mesmo com as recomendações oficiais feito pelo Primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, no dia 15 de dezembro, sobre algumas medidas adoptadas no quadro da época natalícia e do fim do ano, tudo indica que a maioria da população vai comemorar o Natal em família, com a tradicional ceia e troca de prendas, ainda que de "forma minguada" devido à crise financeira provocada pelo novo coronavírus - várias famílias estão sem rendimentos mínimos visto que perderam o emprego.