No dia seguinte ao óbito ocorrido no domingo 16, com a PGR a anunciar a abertura de um inquérito, os noticiários passaram a limitar a referência a “um quadro de paragem cardiorrespiratória”, de óbito “por causas ainda não divulgadas”.
A Ordem dos Médicos também emitiu na segunda-feira um comunicado a apelar à calma “que uma situação destas exige” e reforçava ser importante “aguardar pelas conclusões da equipa forense, nomeadamente pelos resultados da autópsia médico-legal” e resultados toxicológicos.
Reação adversa à vacina?
A entidade reguladora do medicamento em Portugal, Infarmed, confirmou na segunda-feira ter sido notificada sobre uma suspeita de reação adversa à vacina, por parte de uma criança vacinada na semana anterior.
A reguladora informou estar a tratar os elementos fornecidos "por parte do notificador para análise e avaliação da imputação de causalidade, uma vez que, não sendo aparente a relação temporal, o único determinante na avaliação da causalidade, é necessário proceder à recolha de toda a informação clínica".
Três mortes confirmadas de crianças desde agosto de 2000
A primeira morte causada por Covid-19 no grupo dos zero aos dez anos, em Portugal, foi confirmada em 19 de agosto de 2020. A vítima: uma bebé de quatro meses.
A segunda morte infantil por Covid ocorreu meses depois, em 02 de fevereiro de 2021. A DGS informou sobre o óbito de uma criança de sete meses, "com múltiplas complicações congénitas".
A terceira vítima morreu em 05 de agosto último. Chamava-se Edgar e tinha "menos de cinco anos".
Um mês para saber
Vai demorar um mês para saber a causa da morte deste menino de seis anos, aluno numa escola básica de Lisboa (foto) que freqentou até sexta-feira, o mesmo dia em que foi internado.
"O Rodrigo já andava pálido e com olheiras, passou a semana mal". Na sexta-feira, "conseguiu fazer um exercício e saiu da aula pelo próprio pé. Abracei-o e antes de sair, voltou para trás para me devolver o abraço", contou a professora ao Correio da Manhã na terça-feira.
Em declarações ao Jornal de Notícias esta quarta-feira, a direção do Instituto de Medicina Legal confirmou que a autópsia está concluída, mas são necessários exames complementares.
"Não depende de nós, as análises têm de ser processadas", disse a porta-voz do IML que avançou que "num mês teremos os resultados de certeza absoluta".
Fontes: Websites institucionais/JN.pt.