As fórmulas diplomáticas, no pós-reuniões em Moscovo e Kyiv, expressas em "sinais positivos", "continuamos juntos a discutir intensamente as soluções" e similares resultam afinal em muito pouco para as expectativas de quem acompanha a situação. Sobretudo os ucranianos que começam "a treinar para a guerra" perante o que veem como a "iminente invasão russa".
Afinal, embora Putin esteja a negar qualquer intenção de invadir a Ucrânia, a tensão parece estar a subir em vez do oposto, a crer nos cem mil soldados e todo o aparato militar russo a crescer junto à fronteira russo-ucraniana.
A jogada dialética de Putin entrevê-se no aviso, subtil na terça-feira, dia seguinte à reunião com Macron.
Segundo Putin, a Europa arrisca entrar num conflito maior caso apoie a Ucrânia na sua pretensão de aderir à Nato e de recuperar pela força a Crimeia — que a Rússia anexou em 2014.
Fontes: AFP/Sputnik/Le Figaro/Euronews/BBC/NY Times. Relacionado: Macron em Moscovo para "evitar a guerra" russo-ucraniana — "Europa tem de saber que essa guerra não tem vencedores", avisa Putin, 08.fev.022. Fotos: Encontro de Macron na terça-feira com o presidente Volodymyr Zelensky, na capital ucraniana. Mapa do dispositivo militar russo a crescer junto à fronteira russo-ucraniana.