O caso que nesta tarde de domingo mobiliza na pista do aeroporto de Hamburgo as autoridades — desde a polícia estadual à federal além de unidades de intervenção, psicólogos e equipas especializadas de negociadores — envolve um drama familiar em que o homem disputa com a esposa a custódia de dois filhos, segundo avança a imprensa alemã.
Às vinte horas de ontem, sábado, o nacional turco — e não angolano, como se apontou ontem com base num incidente semelhante no mesmo aeroporto alemão noticiado pela imprensa de Angola — entrou de carro e armado nas instalações do Aeroporto de Hamburgo, o que levou à suspensão total das operações de voo.
A Polícia Federal informou que uma menina de quatro anos estava refém dentro do carro, num contexto familiar de disputa de custódia entre pais desavindos.
O aeroporto foi fechado, encerraram-se os terminais, mais de 3.200 passageiros foram de imediato afetados. Esta manhã, a suspensão dos voos "por tempo indeterminado" já tinha afetado trinta mil e quinhentos passageiros, segundo as autoridades.
Polícia está em negociação ... em turco
A polícia de Hamburgo negociou com o homem durante toda a noite. "Apenas temos um bom contato com o agressor", disse uma porta-voz da polícia no final da noite. Esta manhã confirmou-se que o indivíduo, de 35 anos, é um nacional turco.
"Contamos com uma solução negociada aqui", disse à DPA, a agência de imprensa alemã, a porta-voz que considera positivo o facto de as conversações se terem arrastado tanto tempo. "Este é um sinal absolutamente bom que nos foi dado", sublinhou.
Esposa do sequestrador apresenta-se
A residente em Stade, perto de Hamburgo, já tinha denunciado à polícia estadual um possível rapto de crianças, como disse a porta-voz da polícia federal.
"Assustador", "assustador" — dizem emotivamente os passageiros, que foram retirados dos aviões no sábado à noite Em terra sem bagagem, como lembrou uma passageira que queria voar para Maiorca e perdera a bagagem. "Só tenho comigo a carteira".
Uma jovem que também ia para o mesmo destino disse à agência oficial alemã que tinha visto um incêndio e, de início, pensou que seria extinto rapidamente. "Mas depois ouvi que havia um possível massacre, o que foi assustador".
De facto, o homem armado tinha atirado garrafas incendiárias, cocktails molotov, enquanto conduzia no perímetro do aeroporto, o que provocou incêndios.
Fontes: Bild.de/Der Spiegel/DPA/DW.de/Euronews/... Fotos (DPA): Aeroporto de Hamburgo imobilizado por um drama familiar. "O pai continua dentro do carro na pista frente ao avião da Turkish Airlines, a criança fisicamente está bem pelo que observamos e ouvimos das conversas ao telefone com o autor do sequestro".