O dalai Lama "pede desculpas ao rapazinho e família, bem como aos seus muitos amigos pelo mundo, pelo dano que as suas palavras possam ter causado".
O incidente teve lugar durante um encontro público há pouco mais de um mês no templo budista de Tsuglakhang, na província indiana de Dharamsala, onde o líder tibetano vive exilado desde 1960, um ano depois do levantamento falhado que liderou contra a ocupação chinesa do Tibete.
Durante a audiência que o dalai Lama concede aos seus seguidores, o rapazinho levantou o braço e perguntou-lhe se lhe podia dar um abraço.
O vídeo mostra o menino a aproximar-se do líder espiritual que lhe indica por gestos que o pode beijar na bochecha. O menino assim faz e dá-lhe um abraço.
É então que o dalai Lama pede que o beije nos lábios. Depois, diz-lhe: "Põe a língua de fora e chupa-me a língua". O público ri-se quando o menino põe a língua de fora e encosta-se no ancião.
A reação online foi de indignação, perante o comportamento "repugnante", "perturbador", "asqueroso".
No seu comunicado, o dalai Lama justifica que nas suas interações com os seguidores "gosta de fazer brincadeiras inocentes". Muitos apontam que "o dalai Lama é muito brincalhão" e que muitas das fotos mostram-no "a pôr a língua de fora", como fazem as crianças reguilas.
Abordagem do Caminho do Meio
Figura admirada, o dalai Lama é recebido por chefes de Estado "em todos os países democráticos". É louvado em especial pela sua proposta do ’Caminho do Meio’, uma posição moderada perante a China, que agrada a muitos líderes.
"O povo tibetano não aceita o estatuto atual do Tibete sob a República Popular da China. Ao mesmo tempo, eles não buscam a independência do Tibete, o que é um facto histórico. Trilhando um caminho intermediário entre esses dois está a política e os meios para alcançar uma autonomia genuína para todos os tibetanos que vivem nas três províncias tradicionais do Tibete dentro da estrutura da República Popular da China. Isso é chamado de Abordagem do Caminho do Meio, uma posição não-partidária e moderada que salvaguarda os interesses vitais de todas as partes envolvidas―para os tibetanos: a proteção e preservação de sua cultura, religião e identidade nacional; para os chineses: a segurança e integridade territorial da pátria; e para vizinhos e outros terceiros: fronteiras e relações internacionais pacíficas".[
Esta é, em síntese, a posição política do dalai Lama. Uma evolução marcante dese 1959, ano em que liderou um "levantamento", que falhou, contra a ocupação chinesa do Tibete.
Beijo nos lábios do filho é chique?
É objeto de discussão que surge em alguns círculos o que parece ser uma perceção, parece que criada neste milénio, de que é chique beijar os filhos nos lábios.
Razões diversas desaconselham tal hábito. A começar pela sanitária, diz quem é autoridade da Saúde.
Fontes: AP/ABC.au /... Fotos: Multidão visita o dalai Lama no seu exílio. Entre eles, este menino de 6 anos.