A imprensa americana noticiou que a polícia foi chamada e levou a mulher, pouco depois de ela ter confessado à direção da escola que tinha falsificado a sua idade. Mas esta semana, o Daily Mail, de Londres, apurou que ela não tinha ficado detida. Prestou declarações e vai responder por falsificação do assento de nascimento.
O assunto acabou por vazar para os media que afluíram ao local, quando decorria uma reunião nesse estabelecimento escolar. Convocada "em cima da hora", queixaram-se os alunos. A sala, vê-se, tem pouquíssima gente, supostamente pais e encarregados de educação.
Impedidos de assistir à reunião, grupos de alunos — que tinham preparado notas para intervirem — falaram à imprensa. Tiveram de o fazer no exterior, depois de o chefe de segurança impedir a presença da imprensa no interior do edifício. "Desliguem as câmaras. Esperem lá fora. Só podem entrar depois de terminar a reunião". Tudo registado em vídeos, disponibilizados no YouTube e Twitter, entre outros.
Comunicado à imprensa
"Na última semana, uma mulher adulta utilizou documentos falsos para se inscrever na nossa escola", disse o superintendente escolar, Aubrey Johnson.
O processo de inscrição, explicou, pode ser facilitado de modo a que um novo aluno possa assistir às aulas enquanto se aguarda que entregue todos os documentos necessários.
No caso, a falsa aluna — que não apresentou nenhum nome como seu encarregado de educação — "teve várias entrevistas com a direção da escola e orientadores tutoriais, com vista a apurar qual era a real situação dela".
"Este incidente mostra que vamos ter de atualizar os protocolos de inscrição", admitiu Johnson.
Entrevistas de alunos
Vários estudantes disseram à imprensa que estiveram em várias aulas com a falsa adolescente.
"Eu estive nas aulas com essa mulher , falei com ela, levei-a a conhecer a escola, nunca pude imaginar que acontecesse algo assim", disse a aluna Tatianna ao New Brunswick Today.
Tatiana sente-se enganada. "Dei-lhe o meu número, sem saber que ela era uma mulher com 29 anos! Pergunto: Como posso sentir-me em segurança neste edifício?".
Tráfico humano? Estudantes pensam que sim
Entrevistadas pela CBS New York, algumas das estudantes contaram que tinham recebidos mensagens da "falsa colega" a convidá-las para saídas. Como não aceitaram "ela começou a mostrar-lhes má cara".
Também o diário local, o New Brunswick Today, refere estudantes que contaram sobre as tentativas da mulher para "saídas divertidas" — às quais nenhuma terá respondido.
Fraudes na idade. Reduziramm a idade para entrar no liceu e ter notas máximas para entrar na universidade: Asher Potts de 23 anos entrou com "18" no programa para engenheiros da NASA, o britânico MacKinnon de 30 anos entrou com "18" no curso de medicina.
Fontes: CBS/NBToday/DailyMail/